Rita Lee: cantora, ativista e escritora; conheça as múltiplas faces da rainha do rock brasileiro

Rita Lee ficou conhecida como rainha do rock brasileiro, mas também foi escritora, ativista e compositora. Conheça algumas das várias faces da artista

Cantora, compositora, multi-instrumentista, escritora, atriz, ativista, mãe, rainha. A multiplicidade de títulos dados a Rita Lee, que morreu nessa segunda-feira, 8, mostra a importância da cantora para o Brasil.

Nascida em uma véspera de Ano Novo, em 31 de dezembro de 1947, Rita manteve relação próxima com o universo musical desde criança. Suas primeiras composições e apresentações foram feitas na adolescência.

Rita Lee já foi integrante do Os Mutantes, grupo de rock psicodélico, e da banda Tutti-Frutti. Uma das mulheres mais influentes do Brasil, participou ativamente de movimentos responsáveis por revolucionar a música e a sociedade brasileira.

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É conhecida como “rainha do rock brasileiro”, mas trabalhou com diversos outros gêneros como pop rock, MPB, new wave e disco. Durante o movimento Tropicália no País, Lee trabalhou com psicodelia.

É dona de hits clássicos como “Erva Venenosa”, “Ovelha Negra”, “Desculpe o Auê” e “Agora Só Falta Você”, suas músicas eram conhecidas por sua ironia ácida e por defender ativamente o direito e a independência das mulheres.

Morre Rita Lee: a expulsão de Os Mutantes

Antes de sua carreira solo, Rita Lee passou por alguns grupos musicais. Um deles, no início de sua carreira, foi Os Mutantes, no qual cantava e tocava. Além dela, o grupo era composto por Arnaldo Baptista e Sérgio Dias.

Eles gravaram, enquanto grupo, seis álbuns. Com o grupo, Lee também lançou dois álbuns que apenas ela assinava. Foi casada com Arnaldo enquanto ainda integrava Os Mutantes, mas se separaram e em 1977 assinaram o divórcio.

Ela foi expulsa do grupo logo depois pelo ex-marido, por causa do divórcio e por incompatibilidades com a banda. Rita afirmou algumas vezes que foi mandada embora por considerarem que ela não tinha o necessário para seguir o novo interesse da banda: o rock progressista.

Arnaldo só confirmou que tinha mandado Rita embora da banda em uma entrevista que concedeu em 2007.

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Morre Rita Lee: uma voz ativista

Com músicas que falam sobre a independência feminina e marcadas por sua forte ironia, Rita Lee é lembrada por sua voz ativa em movimentos revolucionários.

Em um dos últimos shows de sua carreira, feito em Aracaju, capital de Sergipe, a cantora entrou em discussão com policiais por afirmar que estavam sendo agressivos com o público que a assistia. Após o show, foi encaminhada à delegacia, mas liberada em seguida.

Nos últimos anos, a cantora se dedicou a defender ativamente a causa animal, a qual ela sempre esteve ligada, sendo uma das primeiras artistas brasileiras a se posicionar sobre o assunto. Ela revelou, inclusive, que desejava ser veterinária quando criança.

Rita Lee já contou uma vez que roubou uma jaguatirica, um dos bichos que já teve, de uma loja que praticava maus-tratos contra o animal. 

Em 2005, lançou a canção “Eu Odeio Rodeio” em parceria com Chico César, como uma crítica a trama da novela América, de Glória Perez, exibida pela TV Globo.

Em 2019, lançou o livro Amiga Ursa, que narrava a história do salvamento da ursa Rowena, vítima de maus tratos em circos e zoológicos brasileiros.

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Morre Rita Lee: mais do que cantora

Rita Lee não era conhecida apenas por seus grandes trabalhos na música brasileira, ela já participou de diversos projetos nas mais variadas áreas, como novelas da TV Globo (“Top Model”, “Vamp” e “Celebridade”).

Já participou também de programas de TV como Saia Justa e Madame Lee, ambos do canal GNT, e o TVleezão, na MTV Brasil. Também fez participações em programas de humor como Os Trapalhões, em 1977, e Sai de Baixo, em 1997.

Além da TV, a cantora já se dedicou a um programa na rádio, que ela apresentava sob o nome de Lita Lee. O programa era em parceria com seu amigo Antônio Bivar.

Rita também escreveu e lançou outros livros, não apenas o que foi escrito sobre a história da ursa Rowena. Em 2013, lançou um livro que continha ilustrações de Laerte, intitulado como Storynhas. Ela também escreveu “Rita Lee: uma autobiografia”, lançado em 2016.

No dia 7 de março desse ano, a artista anunciou para o dia 22 de maio o lançamento de “Rita Lee: outra autobiografia”, outro livro em que conta sua história.

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