Maurício de Sousa perde vaga na Academia Brasileira de Letras

Escritor e filólogo, Ricardo Cavalieri foi eleito novo imortal da Academia Brasileira de Letras; Maurício de Sousa perdeu a vaga da cadeira de número 8 da ABL

Maurício de Sousa perdeu a vaga na Academia Brasileira de Letras (ABL). A eleição ocorreu na tarde desta quinta-feira, 27, e o resultado foi divulgado após poucas horas nos canais oficiais do instituto.

Cartunista e empresário, o pai da Mônica se candidatou à cadeira de número 8, anteriormente ocupada por Cleonice Berardinelli, especialista em Camões e Fernando Pessoa. Falecida em janeiro de 2023, aos 106 anos de idade, Cleonice era a integrante mais longeva em atividade na ABL.

Eleito com 35 dos 38 votos possíveis, Ricardo Cavalieri será o próximo a ocupar a cadeira deixada por Cleonice. Na votação, Maurício de Sousa recebeu 2 votos e houve 1 voto em branco. Além do cartunista, os escritores Joaquim Branco e Eloi Angelos G. D'Arachosia, o jornalista James Ackel e o advogado José Alberto Couto Maciel participavam da eleição.

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Novo imortal da ABL, Ricardo Cavalieri é filólogo, escritor e possui experiência nas áreas de Letras e Linguística, com ênfase na descrição do português e na historiografia dos estudos linguísticos. Cavalieri tem mestrado e doutorado em Língua Portuguesa e graduação em Direito, todas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

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O estudioso já atuou como conselheiro no Real Gabinete Português de Leitura, no qual recebeu o título de Grande Benemérito. Ricardo Cavalieri é autor de "Fonologia e morfologia na gramática científica brasileira" e "Pontos essenciais em fonética e fonologia", considerados leituras essenciais para a área de linguística.

Maurício de Sousa na ABL: relembre o que aconteceu

Durante as inscrições para a Academia Brasileira de Letras, o jornalista, produtor de TV e escritor James Ackel criticou a candidatura de Maurício de Sousa, declarando que “gibi não é literatura”.

O caso aconteceu no início do mês de abril, após Ackel conceder uma entrevista à revista Veja, no qual afirmou que não considerava quadrinhos como parte da literatura e que ver a carta de candidatura de Maurício foi a razão pela qual o jornalista decidiu entrar na candidatura também. O jornalista destacou que ficou irritado pois "histórias em quadrinhos estão no campo do entretenimento, não da educação".

Maurício rebateu o comentário e afirmou não estar abalado com as críticas, pelo contrário, ficou "assustado" com a repercussão que o assunto tomou nas redes e enxerga isso como algo positivo, pois grande parte da internet saiu em defesa dos quadrinhos, diversos fãs, colunistas e até mesmo jornalistas.

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