Cleonice Berardinelli, membro da ABL, morre aos 106 anos

A escritora Cleonice Berardinelli era a integrante mais longeva da Academia Brasileira de Letras e era uma das principais referências em estudos da língua portuguesa

Referência em estudos da língua portuguesa, a escritora Cleonice Berardinelli faleceu na última terça-feira, 31, no Rio de Janeiro (RJ), vítima de insuficiência respiratória. A autora tinha 106 anos e ocupava a cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sendo, até então, a integrante mais longeva em atividade da instituição. As informações da morte da acadêmica foram confirmadas pelo próprio site da ABL.

O velório será realizado nesta quarta-feira, 1º de fevereiro, das 11h às 15 horas, no Petit Trianon, na ABL. A cremação ocorrerá na quinta-feira, 2, com cerimônia voltada apenas para a família. Será realizada também uma Sessão da Saudade na Academia em homenagem à autora.

Cleonice é responsável por obras como "Antologia do Teatro de Gil Vicente" (1971), "Fernando Pessoa. Obras em prosa" (1975) e "Sonetos de Camões" (1980). A escritora ingressou na Academia em 16 de dezembro de 2009, ao ser eleita para a sucessão de Antônio Olinto. Ela foi a sexta ocupante da cadeira nº 8.

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A acadêmica foi professora emérita da UFRJ e da PUC-Rio, além de ter sido professora convidada pelas Universidades da Califórnia, campus Sta. Barbara (1985) e de Lisboa (1987 e 1989). Ela também foi licenciada em Letras Neolatinas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1938) e Doutora em Letras Clássicas e Vernáculas pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (1959).

Entre seus alunos estão os também escritores Zuenir Ventura e Ana Maria Machado. Berardinelli também é considerada uma das principais referências nos estudos da obra de Fernando Pessoa. Ela se tornou livre-docente de Literatura Portuguesa por concurso pela Faculdade Nacional de Filosofia (1959) defendendo a tese “Poesia e Poética de Fernando Pessoa”, a primeira tese sobre o autor feita no Brasil.

A autora teve trajetória apresentada no documentário “Cleo”, de Guilherme Bengué. A obra contou com a participação da cantora Maria Bethânia. O filme sobre a “imortal” da ABL está disponível na plataforma de streaming Globoplay.

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