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Vitiligo: saiba mais sobre a doença de Natália Deodato, do BBB 22

O vitiligo é uma doença autoimune não contagiosa, caracterizada pela perda da coloração da pele, que causa manchas brancas, claras ou com total ausência de cor em certas áreas do corpo; Natália Deodato, do BBB 22, tem a enfermidade
22:45 | Jan. 19, 2022
Autor O Povo
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Tipo Notícia

O Big Brother Brasil 22 (BBB 22) é marcado pela diversidade e representatividade entre seus participantes. Em sua vigésima segunda edição, o reality trouxe Natália Deodato, uma modelo e designer de unhas de apenas 22 anos de idade que convive com o vitiligo desde a infância. Em seu vídeo de apresentação, a sister relata como descobriu a doença, como lidou com o diagnóstico e desabafou sobre seu processo de aceitação após a despigmentação da pele.

“Com 9 anos iniciou uma manchinha bem pequeninha no olho, bem pequenininha atrás da nuca e no joelho. Em questão de um mês eu já estava toda pintadinha. Até a gente descobrir, depois de um ano e meio, que era realmente o vitiligo. Eu tinha vergonha, tampava, usava muita maquiagem. Foi quando realmente decidi encarar de peito aberto. Essa sou eu, é assim que eu quero que as pessoas me vejam e é assim que as pessoas vão ter que me respeitar”, contou Natália na gravação. 

A doença pouco comentada e carregada de estigma social despertou a curiosidade do público e fez com que a busca pelo termo vitiligo no Google aumentasse. Em maio de 2018, a doença foi abordada no caderno Ciência & Saúde, do O POVO. Confira abaixo algumas dúvidas sobre a condição que acomete cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil.

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Vitiligo: o que é

O vitiligo é uma doença autoimune não contagiosa, caracterizada pela perda da coloração da pele, que causa manchas brancas, claras ou com total ausência de cor em certas áreas do corpo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a condição atinge 1% da população mundial e mais de 1 milhão de brasileiros.

Ainda segundo a sociedade médica, o surgimento do vitiligo aparece, na maioria das vezes, por tendências genéticas ou pela presença de outras doenças autoimunes, podendo acometer pessoas de qualquer faixa etária, inclusive crianças, como foi o caso de Natália Deodato, participante do BBB 22.

Vitiligo: tipos da doença

O vitiligo é classificado em seis tipos, conforme o local em que ocorre a despigmentação da pele

  • Comum:  tórax, abdome, pernas, braços, pescoço, nádegas, axilas e outras áreas acrofaciais;
  • Segmentar: manchas distribuídas unilateralmente em uma parte do corpo;
  • Focal: pequenas manchas em uma área específica do corpo;
  • Mucosal:  mucosas, como lábios e região genital;
  • Universal: várias manchas espalhadas pelo corpo todo;
  • Acrofacial: lesões nos dedos e envolta dos olhos, da boca, do ânus e genitais.

Vitiligo: sintomas

Normalmente, os pacientes com vitiligo não manifestam sintomas além da despigmentação da pele. Algumas pessoas, no entanto, tem maior sensibilidade, chegando a sentir dor na áreas afetadas pelas manchas brancas. 

Os primeiros sinais da doença costumam ser manchas hipocrômicas, um pouco mais clara que o tom normal da pele da pessoa. Em seguida, as manchas podem se tornar completamente despigmentada, quando passam a ser chamadas de 'acrômicas'.

Além disso, a coloração dos pelos e cabelos também pode ser afetada. É comum, por exemplo, que cabelos de pacientes com vitiligo fiquem brancos no local em que não há presença de melanócitos.

Vitiligo: diagnóstico

O diagnóstico do vitiligo é clínico e a biópsia da pele afetada pelas manchas revela a ausência melanócitos nas partes do corpo afetadas pela doença. Já em paciente de pele branca, o exame com lâmpada de Wood pode auxiliar na detecção da deficiência de produção de melanina.

Com o diagnóstico efetuado, análises sanguíneas devem ser feitas com o intuito de se obter um estudo imunológico aprofundado que possa vir a revelar outras doenças autoimunes, como hepatite autoimune, doença de Addison e doenças da tireoide. 

Vitiligo: tratamento

O objetivo do tratamento é frear o aumento das lesões e o aparecimento de novas manchas, levando a uma estabilização do quadro e promovendo a repigmentação das áreas afetadas pela doença.

Com auxílio de medicamentos como tacrolimus derivados de vitamina D e corticosteroides, a repigmentação de regiões afetadas pelo vitiligo pode ser induzida. Há também a possibilidade de emprego de técnicas de transplante de melanócitos para amenização do quadro de pacientes.

Além disso, existe a fototerapia com radiação ultravioleta B banda estreita (UVB-nb), tratamento indicado para quase todos os tipos da doença. Com o mesmo objetivo, pode ser usada, ainda, a fototerapia com ultravioleta A (PUVA). 

Mas, lembre-se: os resultados dos tratamentos variam de pessoa para pessoa e, por isso, somente um dermatologista pode indicar a opção mais adequada para cada paciente. 

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

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