Glêdson diz que perdeu a paciência com Elmano: 'Politicagem'

Glêdson diz que perdeu a paciência com Elmano e aponta 'politicagem barata' do governador

Prefeito de Juazeiro do Norte, no Cariri, destacou que, para o ano de 2026, estará formalmente no campo de oposição ao governo estadual

O prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), afirmou que perdeu a paciência com o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e classificou como “politicagem barata” a relação institucional entre o município e o Governo do Estado. A declaração foi dada em entrevista à rádio O POVO CBN Cariri nesta quarta-feira, 24.

A fala ocorre um dia após o lançamento do programa VaiVem, em Juazeiro, quando Elmano afirmou, durante discurso, que “quando um não quer, dois não brigam”, em referência indireta à relação com o prefeito, marcada por trocas de farpas públicas. Para Glêdson, a declaração foi uma alfinetada. “Acredito que sim. Ele não quer briga e os assessores dele estavam brigando lá antes da entrada”, comentou.

Apesar do prefeito ter destacado que não deseja confronto político, ele ressaltou que continuará cobrando uma dívida que, segundo ele, o Governo do Estado tem com Juazeiro do Norte. “O Governo do Estado está devendo R$ 14,9 milhões ao povo de Juazeiro. Eu vou cobrar com todas as minhas forças até o fim. Minha paciência esgotou”, declarou.

O prefeito questionou a falta de posicionamento público do governador sobre a suposta dívida e criticou o que classificou como silêncio e falta de transparência. “O que é que lhe impede de pagar? Eu tenho absoluta certeza: politicagem barata”, disse. Ele ainda afirmou que há uma ação civil pública em andamento sobre o caso. Por fim, Glêdson avaliou que o governador foi mal orientado politicamente em relação a Juazeiro do Norte.

Glêdson ainda destacou que não participará mais de eventos de cunho político com o governador e sua equipe e que, para o ano de 2026, estará formalmente no campo de oposição ao governo estadual. O gestor contou que o atual distanciamento não foi sua escolha inicial. Segundo ele, houve tentativas anteriores de diálogo, mencionando que chegou a votar em aliados do governo.

“Eu me humilhei como nunca pelo povo de Juazeiro. Fiz acordo, votei no Camilo, votei no Fernando (Santana), eles têm um compromisso comigo e não cumpriram”, afirmou, referindo-se às lideranças do PT.

Ao ser questionado se existe a possibilidade de Juazeiro do Norte ou da região do Cariri ter um representante em uma chapa que eventualmente seja encabeçada por Ciro Gomes (PSDB), Glêdson esclareceu que não tem vontade de deixar a Prefeitura antes de seu mandato terminar.

“Apesar da minha realização pessoal enquanto político, não tenho vontade de deixar a prefeitura de Juazeiro do Norte de jeito nenhum, diante da missão que nós temos. Sei que nós já fizemos muito, tenho convicção disso, sei do muito que temos que fazer e sei que vamos terminar um governo”.

Nos últimos anos, a relação entre Elmano e Glêdson foi marcada por embates discursivos, cobranças e críticas envolvendo repasses de verbas para a conclusão de obras e sobre o relacionamento institucional. O atrito reforça a escalada de tensões entre o governo estadual e a Prefeitura de Juazeiro do Norte.

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