Prisão de Bolsonaro: o que diz a decisão do Moraes

Violação da tornozeleira, vigília e proximidade com embaixadas: o que diz decisão de Moraes

O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, de acordo com a decisão de Moraes, comunicou a ocorrência de violação do equipamento às 0h08min

Na decisão em que determina a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conduzido à Polícia Federal neste sábado, 22, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, destaca o aviso de que a tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro apresentou violação nesta madrugada. 

"A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho", escreveu o ministro. 

O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal, de acordo com a decisão de Moraes, comunicou a ocorrência de violação do equipamento às 0h08min. 

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A manifestação citada é a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a noite de sexta-feira, 21, em frente ao condomínio de Bolsonaro.

A ação, de acordo com Moraes, poderia registrar a concentração de adeptos do ex-presidente, afetando a ordem pública, e com a possível ocorrência de tumulto nos arredores, o que poderia "criar um ambiente propício" para uma fuga. 

A proximidade do condomínio do ex-presidente da embaixada dos Estados Unidos, a apenas 15 minutos de carro, também é destacada por Moraes em sua decisão."Rememoro que o réu, conforme apurado nestes autos, planejou, durante a investigação que posteriormente resultou na sua condenação, a fuga para a embaixada da Argentina, por meio de solicitação de asilo político àquele país", detalhou o ministro.

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O fato de Alexandre Ramagem, Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro terem saído do Brasil mesmo sendo alvos de ações penais no STF, também foi colocado por Alexandre de Moraes. 

"Não bastassem os gravíssimos indícios da eventual tentativa de fuga do réu Jair Messias Bolsonaro acima mencionados, é importante destacar que o corréu Alexandre Ramagem Rodrigues, a sua aliada política Carla Zambelli, ambos condenados por esta Suprema Corte; e o filho do réu, Eduardo Nantes Bolsonaro, denunciado pela Procuradoria-Geral da República no Supremo Tribunal Federal, também se valeram da estratégia de evasão do território nacional, com objetivo de se furtar à aplicação da lei penal", afirma o ministro na decisão.

Veja decisão do ministro Alexandre de Moares sobre prisão preventiva de Jair Bolsonaro:

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