Bolsonaro violou uso de tornozeleira eletrônica, diz Moraes

Bolsonaro violou uso de tornozeleira eletrônica e tinha "elevado"risco de fuga", diz Moraes

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso nesta manhã pela Polícia Federal, em Brasília
Atualizado às Autor Agência Estado Tipo Notícia

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes disse que Jair Bolsonaro (PL) violou uso de tornozeleira eletrônica e tinha "elevado risco de fuga", na decisão em que determinou prisão do ex-presidente neste sábado, 22.

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso nesta manhã pela Polícia Federal, em Brasília. A decisão ainda não marca o início do cumprimento da pena de reclusão.

Moraes apontou que a Corte máxima foi informada sobre uma ocorrência de violação da tornozeleira eletrônica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) às 0h08 deste sábado, 22. Segundo Moraes, a informação "constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão" causada pela vigília convocada pelo filho 02 do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

A tentativa de violação do equipamento de monitoramento eletrônico foi comunicada pelo Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal. As informações constam da decisão que ordenou a prisão preventiva de Bolsonaro.

Vigília em Brasília

Segundo Moraes, apesar de a convocação de apoiadores estar "disfarçada de vigília", a conduta "indica a repetição do modus operandi da organização criminosa no sentido da utilização de manifestações populares criminosas, com o objetivo de conseguir vantagens pessoais".

"A eventual realização da suposta "vigília" configura altíssimo risco para a efetividade da prisão domiciliar decretada e põe em risco a ordem pública e a efetividade da lei penal", anotou.

Em setembro deste ano, o ex-presidente foi condenado pela Primeira Turma do STF - pelo placar de 4x1 - a 27 anos e três meses de prisão em regime fechado por liderar uma organização criminosa em uma tentativa de golpe de Estado para se perpetuar no governo.

Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala de Estado, espaço reservado para autoridades como presidentes da República e outras altas figuras públicas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Michel Temer também ficaram detidos em salas da PF.

Após ser detido por volta das 6h, Bolsonaro foi levado à Superintendência da Polícia Federal, onde ficará em uma sala reservada a autoridades, como ex-presidentes da República e outras figuras públicas de alto escalão. Em nota, o órgão confirmou o cumprimento de um mandado de prisão preventiva expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde 4 de agosto, o ex-presidente estava em prisão domiciliar. Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes impôs a medida ao considerar que Bolsonaro havia descumprido restrições cautelares, utilizando redes sociais de aliados, incluindo seus três filhos parlamentares, para propagar mensagens que, segundo Moraes, traziam “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

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