Vereadores questionam eleição da presidência da Câmara de Juazeiro e caso deve ir à Justiça

A vacância da presidência se deu pela morte da vereadora Yanne Brena, encontrada morta no início de março

Sete vereadores de Juazeiro do Norte questionaram nesta quinta-feira, 17, a eleição da presidência da Câmara Municipal. Os parlamentares apresentaram requerimento para anular o processo que elegeu Capitão Vieira (PTB) como chefe do legislativo do município na última terça-feira, 14. A vacância da presidência se deu pela morte da vereadora Yanny Brena (PL), encontrada morta em sua residência no início de março.

O requerimento tentava anular a eleição e solicitar uma nova sob a argumentação que não houve aviso prévio aos parlamentares que a eleição iria acontecer na data. Na época, o questionamento já havia sido levantado e gerou polêmica entre os vereadores. Capitão Vieira foi eleito pela maioria dos presentes, com 12 votos a favor e quatro abstenções.

O pedido de anulação foi solicitado pelos vereadores Beto Primo (PSDB), Rosane Macedo (Cidadania), Darlan Lobo (PTB), Janu (Republicanos), William Bazilio (PNM), Rafael Cearense (Podemos) e Lunga (PSB). Apresentado à Casa, o documento teve parecer contrário do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Márcio Jóias (União Brasil).

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No plenário, 11 vereadores seguiram o entendimento e, com isso, o pedido foi rejeitado. A justificava seria que a eleição da presidência deve acontecer na primeira sessão ordinária, conforme decisão judicial de 2014 emitida em situação de vacância. Na época, o afastamento do antigo presidente aconteceu após ele ser investigado pela compra exagerada de material de limpeza. A vaga também ficou para o vereador Capitão Vieira. 

“Onde foi divulgado? Por meio de WhatsApp? Por meio de e-mail? Uma portaria? Eu não vi nem vi em nenhum parceiro de imprensa que essa eleição ia ser realizada. Eu fui pego de surpresa, estava no sítio”, defendeu Darlan Lobo. Segundo ele, os vereadores tinham sido informados que a sessão seria apenas de homenagem à vereadora Yanny Brena.

Com a rejeição do requerimento, os vereadores prometeram ingressar na Justiça para cancelar a eleição. À rádio CBN Cariri, o líder do governo, Rafael Cearense, argumentou que o questionamento seria a falta de publicidade do ato. Ele confirmou que os demais vereadores vão apresentar uma ação para reaver o resultado. 

Na terça, a sessão teve outro impasse diante da posse do suplente de Yanny, Ednaldo Moura (PL). Ele foi convocado na sessão para ser empossado, mas não compareceu e não protocolou os documentos para que fosse possível o trâmite. O líder do governo justificou que Moura é diretor geral do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran) e ainda estaria se desligando a função.

Nos bastidores, era especulado que o vereador tentaria uma candidatura para a presidência da Câmara, com o apoio do prefeito Gledson Bezerra (Podemos).

Colaborou Guilherme Carvalho, da Rádio O POVO CBN Cariri

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