Ex-presidente: Bolsonaro encerra governo no Exterior e sob crítica do vice

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) toma posse na tarde de hoje

Terminaram os quatro anos de governo Jair Bolsonaro (PL), período marcado por turbulências, atravessado pela pandemia de Covid-19 e caracterizado por atritos com outros poderes. De forma atípica, o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro se encerrou com ele no Exterior. Ele embarcou para os Estados Unidos na última sexta-feira, 30, após pronunciamento de despedida.

No último dia de mandato, o então presidente em exercício, agora ex-vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos-RS) fez pronunciamento em rede nacional e criticou a postura de Bolsonaro, sem citar o nome do ex-companheiro de chapa.

"Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de País deixaram com que o silêncio ou que o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e, de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta. Para alguns, por inação e, para outros, por fomentar um pretenso golpe", afirmou. Mourão assumiu o cargo em função da viagem de Bolsonaro e coube a ele concluir o mandato iniciado em 1º de janeiro de 2019.

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Na última manifestação oficial antes de deixar o cargo, o ex-chefe do Poder Executivo, em transmissão ao vivo, classificou como ato terrorista a tentativa de atentado no Distrito Federal, promovida pelo empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa.

“Nada justifica essa tentativa, aqui em Brasília, de um ato terrorista aqui no Aeroporto de Brasília. Nada justifica um elemento, que foi pego graças a Deus, com ideias que não coadunam com nenhum cidadão”, disse. Em aceno a seus apoiadores, Bolsonaro pediu inteligência e chorou ao encerrar seu discurso. eorge Washington foi preso após montar artefatos explosivos em um caminhão-tanque que iria em direção ao Aeroporto Internacional de Brasília.

Bolsonaro, contudo, destacou que a crítica não deveria ser estendida a todos os manifestantes acampados em frente ao quartel-general do Exército. “Do lado de cá é o tempo todo ‘atos antidemocráticos’, até de terroristas são chamados. Não é porque um elemento que passou por lá e fez besteira, que todo mundo tem que ser acusado disso”, disse.

O ex-presidente, ao se despedir do cargo, afirmou que "o mundo não vai se acabar a partir de 1° de janeiro", data em que Lula toma posse. Bolsonaro estava com a voz embargada.

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