Dono do Coco Bambu rebate Ciro: "Ataca quase todas as famílias do Ceará"

O empresário negou que as diversas unidades do Coco Bambu no País sejam tributadas pelo regime do Simples Nacional

O sócio-proprietário da rede Coco Bambu Afrânio Barreira rebateu, nesta quinta-feira, 5, as críticas realizadas pelo ex-ministro e presidenciável Ciro Gomes (PDT). Em entrevista à rádio O POVO CBN, o empresário destacou que sua empresa possui uma boa auditoria, comandada pela PwC Brasil, apresenta uma história rica de "caráter e integridade", além de ter ajudado na formação de 180 sócios cearenses.

"O Coco Bambu, nós somos uma empresa com 180 sócios (...) Conseguimos pegar 180 garotos da sociedade cearense e transformá-los em empreendedores em todo o Brasil. Essa é uma história linda que eu tenho orgulho demais dela. Então, quando se ataca o Coco Bambu não ataca somente ao Afrânio, porque o Afrânio é um dos 180 sócios do Coco Bambu. Ataca quase todas as famílias do Ceará. Não existe uma família aqui no Ceará que não tenha um sócio no Coco Bambu", afirma Barreira.

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O empresário negou ainda que as diversas unidades do Coco Bambu no País sejam tributadas pelo regime do Simples Nacional. “O Coco Bambu, como foi dito, não temos nenhuma empresa no Simples Nacional. Você só pode aderir ao Simples Nacional se o seu faturamento anual for até R$ 4,8 milhões. E eu não tenho nenhuma empresa nesse teto. Eu acho que a menor empresa que a gente tem deve faturar uns R$ 15 milhões, ou seja, três vezes esse valor”, disse.

Barreira também respondeu a Ciro sobre as acusações de sonegação fiscal. “O Coco Bambu, principalmente no Ceará, é ostensivamente fiscalizado há muitos anos. Nunca existiu sonegação fiscal no Coco Bambu. Crescemos organicamente durante 30 anos através do trabalho. É inquestionável. Qualquer pessoa que fale sobre gestão, sobre ser correto e pagar seus impostos, nós estamos super validados com relação a isso”, ressaltou.

O sócio-proprietário da rede de restaurantes adiantou que ainda está dialogando com seus advogados para responder às acusações proferidas pelo pré-candidato pedetista. Em entrevista ao programa Em Cima do Muro, do canal “Dois dedos de Teologia”, Ciro Gomes disse, sem citar nomes, que o dono do Coco Bambu é um “vagabundo”. “Tem 50 restaurantes no Brasil e no mundo. Cada um deles têm uma razão social para não pagar imposto. Por isso que são bolsonaristas. São todos marginais”, disparou.

O ex-ministro citou também a posição política de sócios do Coco Bambu em prol do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele disse haver uma série de “inescrupulosos” que apoiam o chefe do Executivo. Sobre o tema, Afrânio disse não ser militante, mas "a favor do que é correto".

"Eu sou a favor do que é correto, então eu defendo o que é correto. Eu não tenho bandeira, eu não sou filiado a nenhum partido, eu não sou político. Eu sempre fui muito ambicioso, eu sempre conquistei, eu quis fazer, eu queria ter empresa, eu queria crescer (...) Sempre fui um cara trabalhador e tudo, mas eu tinha uma coisa comigo que eu ainda considero até hoje. Eu quero ter, mas eu quero ter honestamente", afirmou o empresário.

Logo depois, Barreira defendeu o direito de se posicionar politicamente. Ele disse ter a liberdade de dizer "ser ou não sou a favor disso ou daquilo" e até de mudar de posicionamento se quiser. "E eu posso mudar de ideia (...) Eu quero ter essa liberdade”, disparou. "Um candidato à Presidência da República fala da minha empresa, eu me senti importante", completou.

"A outra riqueza que eu acho que eu tenho, que eu conquistei e que eu vibro com ela, é ter o direito de falar (...) Então eu gosto disso. Eu tenho 7.200 funcionários. Por que eu tenho que me prender? Por que eu tenho que ser refém de alguém? Não. Eu tenho liberdade. Eu não tenho rabo de palha, eu não tenho isenção de governo, nunca tive. Nunca bateram na minha porta pra perguntar, posso te ajudar em alguma coisa?", concluiu Afrânio.

Sobre a liberdade de expressão dentro da empresa, Barreira disse respeitar todos, sejam qual for a raça, religião, orientação sexual ou posicionamento político. "O que ele precisa é ser íntegro. O que ele precisa é trabalhar, o que ele precisa é fazer o que eu faço há 32 anos", disse.

O dono do Coco Bambu pediu para que, "como pagadores de impostos", representantes do empresariado cearense passem a se expor mais. "Nós somos os empreendedores. O Brasil vive dos pagadores de impostos. Nós somos quem carrega isso tudo (...) Sou um pagador de imposto, gero 7.200 pessoas e que não pode ter preferência? Se eu tivesse preferência por um ou por outro o cara vem e me xinga? Isso está errado.

 

 

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