Fortaleza elabora projeto para regulamentar motos por aplicativo

Fortaleza elabora projeto para regulamentar motos por aplicativo

Etufor afirma que proposta está em fase final de elaboração e colocará a Cidade como primeira capital a regularizar o serviço
Atualizado às Autor Victor Marvyo Tipo Notícia

Fortaleza caminha para ser a primeira capital brasileira a criar uma lei específica para regulamentar o transporte de passageiros por motocicletas intermediado por aplicativos. A informação foi confirmada pelo presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), George Dantas, durante evento realizado nesta quinta-feira, 6, sobre pesquisa do Instituto Cordial a respeito dos índices de sinistros envolvendo viagens da categoria 99Moto.

De acordo com Dantas, o projeto de regulamentação está em fase final de elaboração e o texto da lei deve ser encaminhado à Câmara Municipal de Fortaleza na próxima semana. Caso o processo seja concluído antes de outras capitais, Fortaleza será a primeira cidade do País a reconhecer oficialmente a atividade.

“Como não temos informações precisas sobre o andamento em outras capitais, pode haver alguma surpresa, mas, a preço de hoje, Fortaleza é a cidade mais adiantada”, afirmou o presidente.

Atuando desde 2021, plataformas como Uber e 99 oferecem o transporte de passageiros por motocicletas na Capital. Apesar disso, o serviço ainda não é regulamentado, uma vez que a Política Nacional de Mobilidade Urbana e a lei municipal n.º 10.751/2018 preveem a execução da atividade apenas por motoristas de automóveis, sem menção aos motociclistas.

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Serviço em expansão

Conforme dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), Fortaleza possui mais de 360 mil motocicletas registradas, seja para uso particular ou em aplicativos, com crescimento de 21% entre 2021 e 2023.

George Dantas destaca que o diálogo com as empresas de aplicativo e representantes da categoria tem sido constante. “Nosso intuito é não ignorar uma atividade que já é muito presente e uma realidade na nossa capital. Com a regulamentação, queremos fazer com que esse profissional exista oficialmente e seja reconhecido na vida do fortalezense”, pontuou.

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Motociclistas pedem garantias

Luciano Kasper, 45, trabalha atualmente com as duas principais plataformas de entrega e transporte e esteve presente no evento. Ele avalia a regulamentação como essencial para a valorização da categoria.

“A regularização é o ponto de partida para que a gente possa trabalhar todas as outras políticas. Sem regulamentação, ninguém quer se responsabilizar pela categoria”, afirmou o motociclista.

Apesar do apoio, Kasper demonstra preocupação sobre como a medida será aplicada, especialmente em relação a possíveis encargos financeiros. “Se tivermos que pagar impostos, que esses valores retornem em forma de benefícios — como redução do IPVA ou diminuição das multas”, completou.

(Colaborou Kaio Pimentel)

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