Polícia Civil prende suspeito de matar mulher trans em Fortaleza

Polícia Civil prende suspeito de matar mulher trans em Fortaleza

Pâmela Coelho havia sido encontrada morta na manhã de segunda-feira, 13, em uma calçada do bairro Demócrito Rocha. Homem preso tem 20 anos
Atualizado às Autor Lucas Barbosa Tipo Notícia

Um homem de 20 anos foi preso suspeito de participação na morte de Pâmela Coelho, a mulher trans de 37 anos que foi encontrada sem vida na manhã de segunda-feira, 13, no bairro Demócrito Rocha, em Fortaleza.

O suspeito, que não teve a identidade divulgada, foi localizado pelos policiais da 5ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (5ª DHPP) nesta terça-feira, 14, em uma residência do bairro Jardim América.

Ele foi autuado, ainda em estado de flagrante, por homicídio qualificado. De acordo com a Polícia Civil do do Ceará (PC-CE), a ação ainda resultou na apreensão de celulares, cartões magnéticos, um veículo e peças de roupas.

A corporação não divulgou quais teriam sido as motivações do assassinato. “As investigações sobre as circunstâncias do homicídio, no entanto, seguem em andamento”, afirma comunicado de imprensa da PC-CE.

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Pâmela foi encontrada morta em uma calçada situada atrás de um motel. A vítima foi encontrada usando apenas roupas íntimas e apresentava sinais de violência, inclusive, em seu rosto.

Ao lado de Pâmela, havia um pedaço de madeira, mas ainda não se sabe qual foi a arma utilizada no homicídio, o que deve ser elucidado em exame necroscópico.

Ela era moradora de Maranguape, município da Região Metropolitana de Fortaleza. O Núcleo da Diversidade Sexual de Maranguape divulgou nota de pesar e repúdio pela morte de Pâmela.

Na nota, a entidade cobrou justiça pelo homicídio, assim como manifestou solidariedade à família e amigos de Pâmela e desejou que a memória dela "inspire resistência, amor e transformação social".

"Trata-se de um ato de extrema violência e covardia, que representa não apenas a perda irreparável de uma vida, mas também o reflexo da intolerância, do preconceito e da transfobia ainda presentes em nossa sociedade", afirma a nota.

"Um crime dessa natureza é inaceitável e jamais será tolerado por todos aqueles que defendem a dignidade humana, a igualdade e o direito de existir sem medo. Pamela era uma mulher trans que, como qualquer outra pessoa, tinha o direito de viver com respeito, amor e segurança. Sua trajetória interrompida de forma tão cruel reforça a urgência de continuarmos lutando contra todas as formas de ódio e discriminação".

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