Justiça pronuncia a júri popular homem que espancou e matou travesti em Fortaleza

Acusado vai ser julgado por homicídio triplamente qualificado com emprego de torpeza, crueldade e recurso que impossibilitou a defesa da vítima

A Justiça do Ceará pronunciou a júri popular o homem acusado de espancar e matar a facadas a travesti Beyoncé (nome social), em Fortaleza. JosimBerg Rodrigues de Abreu vai ser julgado por homicídio triplamente qualificado. O crime ocorreu em fevereiro de 2017, no bairro Messejana. Conforme a denúncia, o assassinato teve motivação homofóbica.

Conforme a sentença de pronúncia, Josimberg agiu com crueldade ao submeter a vítima a intenso sofrimento físico e psíquico. A travesti foi morta a golpes de faca tipo coifa com quadro de traumatismo abdominal fechado. Ela chegou a ser socorrida por testemunhas, mas não resistiu. O acusado alega ter agido em legítima defesa, tese rebatida pela 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza.

O despacho judicial ressalta que o homem teria agido “impregnado de indevidos preconceitos sociais e por um reprovável e repugnante sentimento homofóbico". Além disso, o Juízo ponderou que a vítima estava desarmada, em desvantagem numérica, e sob efeito de álcool, o que afasta a necessidade de emprego dos meios violentos usados no crime sob o argumento de legítima defesa.

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A decisão da Justiça tem como base uma denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) apresentada no mesmo ano do crime. A peça acusatória sustenta que Josimberg cometeu o assassinato com emprego de torpeza, crueldade e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. As práticas violentas citadas pelo MPCE foram as mesmas utilizadas pela Justiça para tipificar o homicídio como triplamente qualificado. O julgamento ainda não tem data definida.

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