Após tiroteio que deixou aluna baleada, escola reabre nesta quinta-feira em Fortaleza

Aulas haviam sido suspensas nesta quarta-feira, 15, por causa da troca de tiros registrada antes da abertura dos portões

A Escola Municipal Manoel Malveira Maia, no Grande Bom Jardim, Fortaleza, reabre as portas nesta quinta-feira, 16, um dia após uma estudante da unidade de ensino ter sido atingida na cabeça por um tiro de raspão durante um tiroteio na manhã de quarta-feira, 15. A ação ocorreu por volta de 7 horas, enquanto os alunos esperavam abertura dos portões da escola. A vítima, de 9 anos, foi socorrida para o Instituto Doutor José Frota (IJF), onde permanece internada em estado estável e sem risco de morte.

Além da estudante, uma outra criança que passava pelo local no momento da troca de tiros foi atingida no pé, também de raspão. Conforme apurado pelo O POVO, ela teve apenas escoriações leves e não precisou de atendimento médico. Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), um homem de 28 anos também foi lesionado com um disparo. Ele seguia internado em uma unidade hospitalar da Capital — não especificada pela pasta — até a noite desta quarta-feira, 15.

Segundo moradores do bairro, que pediram para não ser identificados, o alvo dos tiros seria o adulto que foi baleado. O ataque ocorreu enquanto ele levava uma criança ao colégio. Pais, alunos e vizinhos que presenciaram a cena disseram ter vivido momentos de desespero. Após o ocorrido, a Secretaria Municipal da Educação (SME) anunciou a suspensão total das aulas na unidade.

O prefeito José Sarto, por meio das redes sociais, lamentou o incidente e disse que os familiares da criança serão amparados por equipes da Prefeitura com acompanhamento psicológico e de assistência social. O gestor também afirmou ter cobrado investigação rigorosa aos órgãos de Segurança Pública do Estado para que a origem dos disparos seja descoberta.

"Lamento muito que isso tenha acontecido, mas não vamos admitir que esse crime fique sem punição. Por isso, cobrei das autoridades de segurança pública rigorosa investigação para que os culpados sejam identificados e recebam a devida pena. Nossas escolas são e devem ser lugares de aprendizado, alegria e segurança. E continuarei trabalhando para isso", escreveu Sarto em publicação no Twitter.



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Vizinhos que têm filhos matriculados na instituição de ensino relataram ao O POVO que há uma entrada principal com faixa de pedestres e lombada, no entanto, a escola opta por abrir os portões pela rua Pato Branco, na lateral, que não possui sinalização e seria uma rota de fuga de criminosos.

Testemunhas informaram, logo após o tiroteio, que havia marcas de tiros nos muros da escola, na parede de uma casa ao lado da unidade e no portão de uma outra residência. A vizinhança não soube especificar quantos tiros foram ouvidos, mas relatou que "foram muitos".

Em nota, a SSPDS informou, na noite de ontem, que equipes da Polícia Militar do Ceará (PMCE) estavam em diligências no bairro Granja Lisboa, desde o momento do tiroteio, na tentativa de identificar os autores dos tiros. Uma composição do Grupo de Segurança Escolar (GSE), do Batalhão de Policiamento de Prevenção Especializada (BPEsp), coordena as buscas.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE), por meio do 32º Distrito Policial, que realizou diligências e oitivas nesta quarta-feira, 15, logo após a instauração do inquérito. (Colaborou Jéssika Sisnando)

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