Academias permanecem fechadas e setor reivindica reconhecimento como atividade essencial

Conforme balanço do Sindifit-CE, mais de 500 academias já fecharam as portas no Ceará nos últimos 12 meses

Atualizada no dia 11/04, às 8h39min

As academias do Ceará vão permanecer fechadas na flexibilização da economia, que começa a partir de segunda-feira, 12. O fechamento desde o segundo lockdown no Estado desagrada o setor, que reivindica o reconhecimento como atividade essencial tendo em vista a importância da prática de atividades físicas para a saúde.

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O novo decreto que delibera sobre a reabertura de alguns setores no Estado, publicado neste sábado, 10, determina que o funcionamento de academias, parques aquáticos, barracas de praia, cinemas, museus e teatros, públicos ou privados, permanecem vedados.

"A gente fica se sentido drasticamente desrespeitado diante dessa tomada de decisão já que em março o Prefeito sancionou nossas atividades como essenciais", pontua Sasha Reeves, diretora do Sindicato das Empresas de Condicionamento Físico do Estado do Ceará (Sindifit-CE).

Ela menciona a decisão do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), que sancionou igrejas e academias como serviços essenciais em Fortaleza no dia 11 de março. Segundo Sasha, desde 2020, a entidade apresenta ao Governo comprovações científicas da prática de atividade física como essencial, deixando claros todos os protocolos de biossegurança tomados nos estabelecimentos.

Conforme balanço do Sindifit-CE, mais de 500 academias já fecharam as portas no Ceará nos últimos 12 meses em decorrência dos impactos econômicos da pandemia de Covid-19. O dado equivale a aproximadamente 30% dos estabelecimentos do ramo.

Para Sasha, a decisão do Executivo estadual de não liberar o funcionamento do setor "mostra que o governo está olhando para o que beneficia eles economicamente, que são os shoppings". Ela informa que há reuniões semanais sendo realizadas com Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag).

"Em todas as nossas conversas nosso pedido é colocar a gente na primeira fase [de reabertura] porque o apoio do Governo em nos mostrar como atividade essencial seria fundamental ao setor. Não somos um ambiente de lazer, somos um local de preservação da saúde", ressalta.

O Conselho Regional de Educação Física da 5ª Região (CREF5-CE) atua em parceria com o Sindicato nessas negociações. Os representantes das academias enviaram em março um ofício ao Governo do Estado para enfatizar a importância da reabertura das academias. O documento direcionado ao Grupo Técnico do Governo reforça que as academias, já reconhecidas como atividade essencial, "estão no limite das operações durante este período de mais de 30 dias."

Por meio de nota, o CREF-5 manifestou sua "insatisfação, revolta e surpresa" com o novo decreto estadual. O Conselho convocou ainda uma carreata em Fortaleza, marcada para as 11 horas deste domingo, 11, em protesto. A Praça da Imprensa foi divulgada como o ponto de encontro. "Acreditamos na essencialidade dos profissionais de Educação Física, sobretudo num momento em que a população precisa garantir sua saúde", disse o CREF-5.

O lockdown no Ceará vai continuar valendo para os fins de semana. De segunda à sexta-feira, haverá ainda toque de recolher das 20h às 5 horas.

Leia a íntegra da nota divulgada pelo CREF-5:

O Conselho Regional de Educação Física da 5a Região manifesta sua insatisfação, revolta e surpresa com o novo decreto publicado pelo Governo do Estado do Ceará, no sábado, dia 10 de abril, que prevê uma retomada gradual da economia, a partir de segunda-feira, dia 12. Conforme o documento, as academias, ao lado de barracas de praias, museus, cinemas, entre outros, permanece com seu funcionamento negado.

Essa decisão deixa o setor surpreso e revoltado com a falta de respeito aos mais de 14 mil profissionais e mais de 1.900 estabelecimentos registrados no CREF5. Por isso, neste domingo, dia 11 de abril, às 11horas, convocamos os profissionais de Educação Física, dos 184 municípios cearenses, para se manifestarem. Em Fortaleza, a manifestação, em formato de carreata, será na Praça da Imprensa. Não podemos ficar parados neste momento. Pedimos que, na ocasião, todos estejam de máscara, que cubra nariz e boca, além de manter o distanciamento e postura responsável durante a manifestação.

Desde o ano passado, no início da pandemia, representantes do setor, junto com o CREF5, já realizaram rodadas de reuniões com o poder público e apresentaram estudos e protocolos, que comprovam a essencialidade e a preparação dos profissionais e estabelecimentos para garantir atividade física com segurança. Acreditamos na essencialidade dos profissionais de Educação Física, sobretudo num momento em que a população precisar garantir sua saúde.

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