'Tremembé' revisita caso Matsunaga e romance de Elize com Sandrão; lembre cobertura do O POVO
Entenda o que aconteceu no caso Matsunaga e como Elize se relacionou com Sandrão na prisão de Tremembé. Prime Video retrata a convivência entre criminosos famosos
11:33 | Nov. 06, 2025
Lançada em 31 de outubro no Prime Video, a série “Tremembé” traz aos holofotes novamente Elize Matsunaga, interpretada por Carol Garcia.
A trama revisita a rotina de presas conhecidas e resgata um dos crimes mais emblemáticos do País: o assassinato de Marcos Kitano Matsunaga. O herdeiro da marca brasileira de alimentos Yoki foi morto e esquartejado pela esposa em 2012.
Entenda os principais pontos da história:
- Elize foi condenada por matar e esquartejar o marido, Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro da Yoki.
A série retrata o julgamento, a prisão e o triângulo amoroso de Elize com Sandrão e Suzane von Richthofen em Tremembé. - Em 2022, Elize recebeu liberdade condicional após cumprir parte da pena.
- Atualmente, ela vive discretamente, cumprindo as condições da liberdade condicional.
A seguir, veja como o caso foi retratado na série e relembre a cobertura feita pelo O POVO:
Tremembé: como Elize Matsunaga aparece na série?
Com cinco episódios, “Tremembé” apresenta a convivência entre os presos da penitenciária mais midiática do Brasil. O elenco reúne Marina Ruy Barbosa como Suzane von Richthofen, Carol Garcia como Elize Matsunaga e outros nomes de peso.
A série mistura fatos e ficção para narrar o cotidiano na prisão onde mulheres condenadas por crimes brutais convivem com detentos da ala masculina.
O roteiro também revisita os crimes que levaram cada um dos personagens à prisão, com flashbacks que mostram os casos do casal Nardoni, dos irmãos Cravinhos e do ex-médico Roger Abdelmassih.
No núcleo de Elize, o público acompanha a reconstrução do relacionamento conturbado que culminou em um dos assassinatos mais comentados da história recente do Brasil.
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Quais são os crimes de Elize Matsunaga?
Em maio de 2012, o empresário Marcos Kitano Matsunaga desapareceu de seu apartamento em São Paulo. Dias depois, partes de seu corpo foram encontradas em Cotia, na Grande São Paulo.
A investigação levou à confissão de sua esposa, Elize Araújo Kitano Matsunaga, bacharel em Direito e técnica em Enfermagem.
Elize admitiu ter atirado no marido após uma briga motivada por traição e ameaças de perda da guarda da filha. Depois do disparo, ela esquartejou o corpo, guardou os pedaços em malas e os descartou em uma área de mata.
O crime, inicialmente apelidado de “Caso Yoki”, teve grande repercussão nacional e revelou detalhes sobre o casamento conturbado e o perfil psicológico de Elize.
Segundo O POVO, em 7 de junho de 2012, ela confessou o crime após discussão por conta de infidelidade, alegando ter sido agredida e agido sozinha.
Os laudos apontaram que o disparo de pistola calibre .38 foi dado à queima-roupa e que a causa da morte foi “choque traumático associado à asfixia respiratória por sangue aspirado devido à decapitação”.
Ainda de acordo com O POVO, exames de DNA indicaram sangue de outro homem no local do crime, o que levantou suspeitas de cúmplice, embora Elize tenha afirmado na época de ter atuado sozinha.
Caso Matsunaga: repercussão e os desdobramentos do caso
Após o desaparecimento do empresário em 20 de maio de 2012, as partes do corpo foram encontradas em sacos plásticos espalhados. No dia 28, o último fragmento (a cabeça) foi reconhecido pelo irmão da vítima.
Em 9 de junho de 2012, O POVO noticiou que a família de Marcos anunciou que não disputaria a guarda da filha do casal.
No dia 20 de junho, o juiz decretou a prisão preventiva de Elize, que até então estava em prisão temporária, e aceitou a denúncia formal por homicídio doloso triplamente qualificado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público na épica, Elize teria matado para ter direito ao seguro de vida do marido, de R$ 600 mil.
Caso Matsunaga: julgamento e prisão de Elize
Logo após confessar o crime, Elize foi presa e levada à Cadeia Pública de Itapevi. Em 21 de junho de 2012, foi transferida para o Complexo Penitenciário de Tremembé, conhecido como “Presídio de Caras” por abrigar condenados de grande notoriedade.
Durante o processo, o Ministério Público pediu que ela fosse julgada por homicídio doloso triplamente qualificado, alegando motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. O laudo necroscópico apontou que Marcos foi decapitado ainda com vida, o que agravou a acusação.
Em 2016, Elize foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão. Em 2019, o Superior Tribunal de Justiça reduziu a pena para 16 anos e três meses, levando em conta o tempo de trabalho e bom comportamento.
Em 31 de maio de 2022, depois de dez anos de prisão, O POVO noticiou a Justiça concedeu a Elize a liberdade condicional. Ela cumpriu parte da pena em semiaberto realizando trabalho, o que permitiu antecipação da saída.
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Sandrão e o triângulo amoroso em Tremembé
Durante o período em Tremembé, Elize ganhou destaque também por sua convivência com outras presas conhecidas. Em 2014, reportagens mostraram que ela havia mantido um relacionamento com Sandra Regina Gomes, condenada por sequestro e conhecida entre as detentas como Sandrão.
O caso ganhou as manchetes quando Sandrão se envolveu com Suzane von Richthofen, provocando o rompimento com Elize e dando origem a um triângulo amoroso que voltou a ser explorado na ficção.
A convivência entre as três chegou a gerar tensão na penitenciária, mas também revelou a complexidade das relações afetivas em um ambiente de reclusão e visibilidade pública.
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Elize Matsunaga: Como está ex-detenta hoje em dia?
Após uma década presa, Elize Matsunaga recebeu liberdade condicional em 31 de maio de 2022, conforme decisão da Vara de Execuções Criminais de São Paulo. O advogado Luciano Santoro foi quem a buscou no presídio no fim da tarde daquele dia.
Durante o cumprimento da pena, Elize trabalhou na oficina de costura do presídio, o que reduziu parte da condenação.
Hoje, ela cumpre o restante da pena em liberdade, sob condições como informar endereço fixo, ocupação e comparecer periodicamente à Justiça.
Desde então, tem levado uma vida discreta, longe dos holofotes, embora sua história continue despertando interesse popular — especialmente após o lançamento da série “Tremembé”.