Tremembé: relembre os casos reais de crimes que marcaram o Brasil
Conhecida como a cadeia dos famosos, a Penitenciária de Tremembé carrega uma história marcada por alguns dos crimes mais chocantes do País
Construído em 1948, a Penitenciária de Tremembé ganhou notoriedade nacional ao se tornar destino de réus célebres, muitos deles condenados por assassinatos de grande repercussão.
A política de separar presos de casos midiáticos do convívio direto com detentos ligados a facções transformou o presídio em uma espécie de vitrine dos escândalos criminais brasileiros.
Agora, a nova série do Prime Video, “Tremembé”, promete contar a história da penitenciária que abrigou alguns dos criminosos mais famosos do Brasil.
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Tremembé: os casos reais de crimes que marcaram o Brasil
Entre as histórias que moldaram a fama da unidade, está o caso de Suzane von Richthofen, condenada por planejar e executar, em 2002, o assassinato dos pais, Manfred e Marísia. Suzane passou anos na Penitenciária Feminina I de Tremembé, até conquistar liberdade no início de 2023.
O crime, considerado um dos mais brutais do Brasil, marcou a cultura popular e ajudou a fixar a imagem da penitenciária como destino para réus de alta notoriedade.
Outro nome ligado ao local é o de Elize Matsunaga, sentenciada em 2016 pelo assassinato e esquartejamento do marido, Marcos Matsunaga.
O caso, que ganhou documentários e séries, também teve Tremembé como cenário de parte da pena da empresária, que recebeu liberdade condicional em 2022.
Assim como Suzane, Anna Carolina Jatobá também ocupou uma cela na unidade. Condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni, em 2008, ela progrediu ao regime aberto em 2023.
Na ala masculina, crimes que chocaram famílias inteiras e o país inteiro também passaram pelos portões de Tremembé. Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, cúmplices de Suzane, foram presos na Penitenciária II.
O mesmo espaço recebeu Lindemberg Alves Fernandes, condenado pelo assassinato da jovem Eloá Pimentel, após um sequestro transmitido ao vivo para todo o País em 2008.
O presídio também foi casa temporária para outros casos emblemáticos, como o de Gil Rugai, condenado por matar o pai e a madrasta; Roger Abdelmassih, ex-médico sentenciado por abusos sexuais contra pacientes; e Mizael Bispo, autor do feminicídio de Mércia Nakashima.
Até celebridades do esporte e herdeiros famosos chegaram ao local: Edinho, filho de Pelé, e recentemente o ex-jogador Robinho, que cumpre pena após condenação por estupro na Itália, foram transferidos para a unidade.
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A fama de Tremembé
A fama de Tremembé, no entanto, não está ligada a privilégios, mas sim a uma estrutura diferenciada que oferece relativa segurança para presos cuja exposição pública poderia colocá-los em risco em outras unidades.
Oficinas, cursos, teatro, aulas de idiomas e parcerias de trabalho com empresas também integram o cotidiano da penitenciária, que se tornou referência no sistema prisional paulista.
Com o tempo, a história de Tremembé se consolidou como um retrato sombrio, mas importante do Brasil. Seus corredores guardam ecos de crimes que chocaram gerações, e sua imagem se tornou inseparável de episódios que marcaram a memória coletiva.
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