Dormir com seu gato faz bem? Saiba tudo sobre o hábito
Entenda como o hábito de compartilhar a cama com seu felino pode fortalecer o vínculo, além dos cuidados essenciais para evitar doenças
Quem convive com gatos sabe o quanto é difícil manter os bichanos longe da cama. O conforto do colchão, o calor das cobertas e a companhia do tutor são irresistíveis para esses animais.
Muitos gatos se tornam companheiros fiéis das noites de sono, mas essa prática ainda gera dúvidas: é seguro? Traz benefícios? Ou há riscos escondidos?
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O POVO entrevistou a veterinária e especialista em felinos Victoria Castelo para explicar o assunto.
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Dormir com gatos: uma prática comum e cheia de afeto
O conforto das cobertas e o calor humano atraem os felinos, que gostam de estar perto do tutor durante a noite. Mais do que uma preferência, esse comportamento reflete confiança e segurança.
Segundo Victoria Castelo, veterinária especializada em felinos, “quando um gato escolhe dormir com você, demonstra que se sente seguro e confortável na sua presença”.
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Apesar do carinho que essa rotina traz, muitos tutores ficam em dúvida: será que dormir com o gato faz bem? Existem riscos envolvidos? A resposta é que o hábito pode ser muito positivo, mas exige responsabilidade para garantir a saúde de ambos.
Benefícios emocionais de dormir com o gato
Dormir com seu gato pode fortalecer o vínculo afetivo e proporcionar uma sensação de bem-estar. O contato físico durante a noite ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, liberando oxitocina, o chamado “hormônio do bem-estar”.
O ronronar do felino também tem efeito calmante e pode ajudar o tutor a ter um sono mais tranquilo.
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Victoria destaca: “Esse contato melhora a relação entre tutor e animal e traz benefícios emocionais para ambos”. Além disso, nos dias frios, o calor compartilhado é um conforto extra.
Quais são os riscos de dormir com o gato?
Embora os benefícios sejam claros, é importante considerar os cuidados necessários para evitar problemas de saúde.
Gatos podem transmitir algumas zoonoses, doenças que passam dos animais para os humanos, principalmente se não estiverem bem cuidados. Entre as mais comuns estão: micose, esporotricose, sarna, giardíase e verminoses, como a equinococose.
“Os riscos estão associados principalmente à falta de higiene, ausência de cuidados veterinários e contato com ambientes externos,” explica Victoria. Por isso, é fundamental garantir que o pet esteja saudável para que a convivência seja segura.
Cuidados essenciais para dividir a cama com segurança
A quem deseja dormir com o gato sem preocupações, alguns cuidados básicos são indispensáveis. Manter a vermifugação em dia, controlar pulgas e carrapatos, vacinar regularmente e fazer consultas veterinárias anuais são passos essenciais.
Além disso, limitar o acesso do gato à rua ou a contato com outros animais desconhecidos reduz a chance de contaminação.
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Escovar os pelos frequentemente também ajuda a manter a higiene, enquanto banhos só são necessários em casos específicos, sob orientações veterinárias e para tratamentos dermatológicos, por exemplo.
Victoria reforça: “Gatos são naturalmente limpos e costumam se cuidar sozinhos, o banho não é obrigatório, salvo em algumas situações”.
Quando evitar dormir com o gato?
Nem sempre dividir a cama é recomendado. Pessoas alérgicas a gatos ou que têm problemas de sono podem ser prejudicadas pela presença do animal na cama.
“Se o tutor tiver alergias ou dificuldades para dormir, a invasão do espaço pode piorar a qualidade do sono”, alerta a veterinária.
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Além disso, caso o gato apresente sintomas de alguma doença, é fundamental levá-lo ao veterinário antes de retomar essa prática. “Não existe um sinal claro que indique zoonose se o gato estiver saudável, mas alterações na saúde exigem avaliação profissional,” destaca.
Como ajudar o gato a mudar de lugar para dormir
Se a intenção é evitar que o gato durma na cama, é importante lembrar que mudar hábitos pode causar estresse ao animal, que é muito ligado à rotina.
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Para oferecer uma alternativa, o tutor pode criar um espaço aconchegante, com uma caminha macia e localizada em um canto tranquilo da casa. Assim, o gato terá seu próprio refúgio confortável.
Perguntas frequentes sobre dormir com gatos
Qual a frequência ideal de consultas e vermifugação?
Consultas anuais com check-ups e vacinação. Além disso, vermifugação a cada 4 a 6 meses.
Gatos precisam tomar banho?
Não, eles são animais muito limpos e se limpam sozinhos. Banhos são indicados somente em casos específicos, como tratamento dermatológico ou gatos que saem para a rua.
Gatos castrados e que vivem em ambiente interno transmitem menos doenças?
Sim, eles correm menos riscos porque não têm contato com outros animais ou ambientes externos que podem transmitir enfermidades.
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