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Segunda denúncia contra prefeito afastado de Uruburetama é oferecida à Justiça

José Hilson de Paiva continua preso em penitenciária de Aquiraz. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável no último mês de julho
15:00 | Ago. 06, 2019
Autor O POVO
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Tipo Notícia

A segunda denúncia contra o médico e prefeito afastado de Uruburetama, José Hilson de Paiva, foi oferecida à Justiça. Ele ficou conhecido nacionalmente após mulheres tornarem públicas condutas criminosas que feriram a dignidade sexual delas. São, pelo menos, duas vítimas no município de Cruz. O conteúdo da denúncia não pode ser divulgado por estar em segredo de justiça.

O promotor de Justiça da Comarca de Uruburetama Marlon Welter e os promotores de Justiça integrantes do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) ofereceram uma nova denúncia na última segunda-feira, 5, contra o médico e prefeito afastado de Uruburetama, José Hilson de Paiva, em razão de condutas criminosas que atingiram a dignidade sexual de outras duas vítimas.

A Promotoria de Justiça de Cruz recebeu, durante o mês de julho, os depoimentos das primeiras quatro vítimas que se apresentaram à delegacia após a divulgação dos vídeos na imprensa. José Hilson trabalhou como médico da Prefeitura de Cruz de 1992 a 2012, e manteve um consultório particular na cidade até 2018. O processo tramita em segredo de justiça em obediência ao que reza o artigo 234 -B do Código Penal.

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De acordo com o advogado de Hilson Paiva, Leandro Vasques, a justiça não estaria se disponibilizando a ouvir o seu cliente. "Nada justifica a polícia indiciar o médico Hilson Paiva por estupro de vulnerável sem nem mesmo ouvi-lo a respeito...Agora o Ministério Público oferece uma denuncia em cima de um inquérito onde o investigado sequer prestou depoimento. Já se percebe que a intenção é muita mais em dar uma resposta à sociedade do que ter compromisso com o devido processo legal. Não tem problema. Lá nos Tribunais Superiores essas nulidades serão enxergadas. O tempo dirá" explica.

Entenda o caso

O MPCE, por meio da Promotoria de Justiça de Uruburetama, requereu à Justiça, no dia 17 de julho deste ano, a prisão preventiva do médico José Hilson de Paiva. O pedido se fundamenta no fato de que, mesmo afastado das funções de prefeito e médico, José Hilson é considerado influente no município e no meio político estadual, sendo capaz de, diretamente ou por interpostas pessoas, coagir, constranger, ameaçar, corromper ou praticar atos tendentes a comprometer a investigação do Ministério Público e da Polícia Civil.

Um procedimento foi instaurado em junho de 2019, antes da divulgação dos novos vídeos na imprensa. O órgão responsável é o Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) e, até o momento, seis vítimas e uma testemunha já foram ouvidas. Em 15 de julho deste ano, foi instaurado outro inquérito policial em Uruburetama, quando novas vítimas começaram a ser ouvidas. Pelo menos 18 vítimas já identificadas nas imagens exibidas pela imprensa serão convidadas para prestarem suas declarações o mais rapidamente possível.

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