Seduc elabora plano emergencial para gerir crises em escolas após ataque em Sobral

Seduc elabora plano emergencial para gerir crises em escolas após ataque em Sobral

Pasta vai atuar com órgãos como o Ministério Público do Estado (MPCE). A escola Professor Luis Felipe segue com aulas suspensas
Atualizado às Autor Gabriela Almeida Tipo Notícia

A Secretaria de Educação do Ceará (Seduc), prepara um plano emergencial de gestão de crises no ambiente escolar após um ataque a tiros deixar dois alunos mortos e três feridos em uma escola estadual de Sobral, nessa quinta-feira, 25. Pasta vai atuar com órgãos como o Ministério Público do Estado (MPCE).

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Crime aconteceu no período da manhã, durante o horário de intervalo da escola Professor Luis Felipe. Na ocasião, dois indivíduos atiraram contra jovens que estavam no estacionamento da unidade. Os alunos Victor Guilherme Sousa de Aguiar, 16, e Luiz Cláudio Sousa Oliveira Filho, 17, morreram na hora.

Outros três estudantes foram lesionados no abdômen, na coxa e na panturrilha, e levados para a Santa Casa de Misericórdia do município. Dois receberam alta hospitalar ainda durante a tarde de ontem.

Logo depois do crime as aulas na escola Professor Luis Felipe foram temporariamente suspensas. De acordo com a Secretaria da Educação (Seduc), a medida foi adotada "para a realização dos devidos procedimentos de reorganização interna e garantia de acolhimento psicossocial" ao corpo escolar.

"O retorno das atividades será conduzido de forma gradual, em diálogo constante com a comunidade escolar, priorizando o cuidado, a segurança e o bem-estar coletivo (...) No retorno dos estudantes serão promovidos momentos de acolhimento conduzidos por psicólogos, assistentes sociais e professores diretores de turma, assegurando apoio emocional, segurança e escuta qualificada", destaca pasta.

Em nota encaminhada nesta sexta-feira, 26, ao O POVO, a secretaria diz que desenvolve, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e diversas outras entidades, um plano de ação para garantir a proteção e o bem-estar dos estudantes e profissionais da escola, a retomada das aulas e o apoio integral às vítimas, às famílias e a toda a comunidade escolar, frisando que acompanha de perto os alunos feridos.

"Esse plano também abrangerá a rede de escolas no que se refere à gestão de crises no ambiente escolar, prevenção de violência e fortalecimento da cultura de paz nas unidades de ensino", pontua.

MPCE acompanha elaboração do projeto

O Ministério Público do Estado (MPCE) deve acompanhar elaboração do projeto. Em nota publicada em seu site, entidade informou que a proposta da iniciativa "é definir ações de curto, médio e longo prazo para garantir a permanência dos estudantes nas escolas com segurança".

Segundo órgão ministerial, entre as primeiras medidas que devem ser tomadas estão "o trabalho intersetorial para a construção do plano". O MPCE deve entrar com ações de acolhimento e, numa fase posterior, com a implementação de estratégias para o retorno das aulas de forma segura.

“Participamos dessa força tarefa para apoiar a articulação interinstitucional e garantir que as medidas urgentes e a médio prazo sejam efetivadas. As crianças e adolescentes têm direito a um ambiente escolar seguro e tranquilo”, diz o promotor de justiça Jonas Mehl, titular da 8ª Promotoria de Justiça de Sobral.

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