Eusébio: homem é preso em casa de luxo por furto de 68 veículos de locadora nacional
Suspeito atuavam em esquema criminoso que obtinha credenciais da empresa vítima de forma ilegal, realizar reservas de veículos e, em seguida, vendiam os carros em redes sociais, aplicativos de mensagens e na Dark Web
Um homem de 29 anos foi preso nessa quarta-feira, 10, em uma casa de luxo localizada em um condomínio no bairro Cidade Alpha, no município do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Ele é suspeito de atuar em um esquema criminoso que furtou, pelo menos, 68 veículos de uma locadora nacional por meio de fraudes cibernéticas.
A captura aconteceu durante uma operação da Polícia Civil do Ceará (PC-CE), por meio da Delegacia de Crimes Cibernéticos (DRCC), com apoio da Coordenação-Geral de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça (Ciberlab/MJ), da Polícia Civil de São Paulo e da Polícia Civil do Tocantins.
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Conforme a investigação, os criminosos utilizavam credenciais da empresa de aluguel de veículos, de forma fraudulenta, para acessar a plataforma de reservas da empresa nacional. No espaço, eles realizam reservas ilegais que possibilitaram o furto de 68 veículos da empresa.
Ainda segundo as informações policiais, com o veículo alugado de forma ilegal, eles anunciam a venda do carro em redes sociais, aplicativos de mensagens e na “Dark Web”. Com o suspeito, foram apreendidos aparelhos celulares, computadores e dois veículos de luxo.
Além do mandado de prisão, foram cumpridos outros 17 de busca e apreensão: um no bairro Barra do Ceará, em Fortaleza, 12 na capital paulista, em São Paulo, e três em Palmas, em Tocantins.
O Poder Judiciário também determinou a quebra de sigilo telemático e telefônico dos investigados, o que ocasionou o bloqueio judicial de veículos e o bloqueio de R$ 3 milhões de cada suspeito.
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Os suspeitos são investigados pelos crimes de invasão de dispositivo informático, furto qualificado por meio eletrônico, falsidade ideológica, organização criminosa e, ainda, poderão responder por lavagem de dinheiro. As penas podem ultrapassar 35 anos de prisão e multa.
A Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento com o objetivo de identificar e responsabilizar demais suspeitos do esquema criminoso e comprovar indícios de que parte dos veículos era destinada a práticas criminosas, como desmanche e envio para países vizinhos.