Ceará marca "Dia D" de imunização contra a gripe e Covid

Secretaria da Saúde do Ceará escolheu o dia 15 de abril, um sábado, para ampliar a campanha de imunização contra as duas doenças

A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), anunciou para sábado, 15 de abril a realização do “Dia D de imunização”. A ação visa expandir nos municípios do Estado a cobertura vacinal tanto do reforço bivalente contra a Covid-19, quanto da dose anual contra a gripe em grupos prioritários.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Antônio Silva Lima Neto, conhecido como "Tanta", a atualização anual das vacinas é fundamental para prevenir o retorno de doenças com taxa de transmissão elevada, como é o caso da influenza. O médico, que é membro do Conselho de Leitores do O POVO, reforça a importância das vacinas e da Ciência no cenário pós-pandemia de Covid-19.

“Com as diversas campanhas de vacinação e com a prática de rotina, pretendemos garantir a proteção de doenças que ainda estão à espreita, que podem retornar, e daquelas com transmissão elevada, a exemplo da influenza. Hoje podemos estar juntos e tranquilos novamente, após a pandemia de Covid-19, por exemplo, graças às vacinas e à Ciência”, pontuou, em comunicado da Seca.

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Tanta acrescentou que “é fundamental desmistificar a ideia de que as vacinas são perigosas” e afirmou que o que traz riscos à população são as doenças. “ Mesmo os imunizantes mais recentes – como o da Covid-19 – demonstram ser extremamente seguros e eficazes, sobretudo para proteger as pessoas contra casos mais severos. A gente estimula que toda a população garanta essa proteção. Pais e responsáveis devem imunizar as crianças”.

No que diz respeito à imunização contra a gripe, o secretário explica que a proteção anual é necessária porque o vírus se propaga em períodos sazonais, além disso, as versões dos imunobiológicos ocorrem para atualizar os componentes mais recentes de circulação.

”A oferta de vacinas disponíveis no SUS é a maior do mundo. A aplicação delas possui diferentes periodicidades. Há algumas que você toma apenas no primeiro ano de vida, outras se estendem um pouco mais”, prosseguiu. “Uma que deve ter destaque é a da influenza. Esse tipo de vírus confere uma proteção limitada temporalmente. A imunização é, basicamente, de um ano, então, quando você tem uma nova sazonalidade de transmissão, é necessário ampliar a defesa”, discorreu.

O médico esclarece que a disponibilidade dos imunizantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) varia de acordo com o tipo da vacina. A campanha de proteção contra a influenza, por exemplo, deve ser cumprida num período curto de tempo, diferentemente das vacinas destinadas ao público infantil, que estão disponíveis durante o ano todo.

“Algumas (vacinas) estão disponíveis o ano todo, como aquelas previstas no calendário do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (MS). Outras funcionam mais em campanhas, mas, mesmo assim, podem estar presente nos postos de saúde, com doses remanescentes”, continuou.

“Devemos cumprir as metas das campanhas, como a da influenza, num período curto de tempo. As vacinas destinadas ao público infantil, porém, estão disponíveis o ano todo. Em algumas situações, a nossa intenção é de que os grupos prioritários recebam a proteção o quanto antes, em menor tempo possível, e isso exige uma mobilização”, explicou Tanta.

A maioria das vacinas pode se encontrada nos postos de saúde, no entanto, a única exceção é quando há algum desabastecimento ou imunobiológicos que precisam de alguma atenção específica – como refrigeração mais intensa. Tanta afirmou que as vacinas são obrigatórias. Contudo, reforçou que, em alguns casos, deve-se ter atenção e cuidado redobrado, ainda que as condições que impedem os indivíduos de tomá-las sejam rara.

“A obrigatoriedade é requerida em algumas situações, como no caso da pandemia da Covid-19, em que a imunização era condicionada para frequentar alguns espaços; em casos de viagens internacionais (febre amarela). O ideal é que todos tomem as vacinas disponíveis, principalmente os pequenos, conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O primeiro parágrafo do artigo 14 do dispositivo aponta ‘obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias’, pontuou.

O secretário declarou ainda que, todas as vacinas são importantes e que algumas protegem contra doenças graves, como a meningite e poliomielite, por exemplo. “São imunizantes que atuam, inclusive, no não agravamento de certas condições como o sarampo, mais grave em crianças. É fundamental que adultos, idosos, crianças, grávidas e todos os outros grupos contemplados recebam a proteção”, concluiu.

 

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