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Golfinho é encontrado morto na Praia da Taíba

A praia é uma das que foram classificadas pela Semace como impróprias para banho por causa das manchas de óleo no mar. Segundo ONG, não é possível identificar a presença de óleo por meio das fotos

Um golfinho foi encontrado morto na manhã deste sábado, 5, na Praia da Taíba, em São Gonçalo do Amarante, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Após o corpo do animal ser encontrado por um transeunte que caminhava no local, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) foi acionada e, logo em seguida, o órgão contactou a prefeitura de São Gonçalo do Amarante. A operação foi considerada um equívoco. De acordo com Leticia Gonçalves, bióloga da equipe de resgate do Projeto Manatí da ONG Aquasis, o grupo é responsável por estudar bichos ameaçados de extinção e possui resgate 24 horas, devendo ser contactado primeiro nesses casos.

A Praia da Taíba é uma das que foram classificadas pela Semace como impróprias para banho por causa das manchas de óleo no mar. Segundo Leticia, não é possível identificar a presença de óleo por meio das fotos. A mancha escura pode se tratar apenas de ressecamento. Só seria possível descobrir o que ocasionou após uma análise mais profunda. “Não podemos afirmar que a morte foi ocasionada pelo derramamento de óleo, porque não tivemos acesso à carcaça para fazer as análises necessárias, que já seriam bem reduzidas pelo fato da carcaça ter sido encontrada já em avançado estágio de decomposição, com a pele ressecada”, afirma.

A ONG só conseguiria afirmar o motivo da morte caso houvesse acesso à carcaça do golfinho, assim investigando a presença do óleo. O animal foi recolhido pela prefeitura antes disso. "Não foi possível porque a prefeitura recolheu. Para dizer com certeza a causa mortis de um animal é preciso análises detalhadas. Animais em avançado estágio de decomposição é difícil dizer com certeza o que causou a morte porque os tecidos já estão bem alterados", declara.

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A Aquasis atua há 25 anos no Ceará e tem como missão implantar projetos de conservação a médio e longo prazo que evite a extinção de espécies de animais. A ONG possui cinco espécies alvo: peixe boi marinho, boto-cinza, periquito cara-suja, soldadinho do araripe e maçarico do papo vermelho.

 

O projeto responsável pelo resgate e revitalização de mamíferos marinhos no litoral cearense é o Projeto Manatí, que possui uma equipe de resgate para atender 24 horas aos casos. O grupo pode ser contactado pelo número 998000109.

O POVO Online tentou entrar em contato com a assessoria da Semace na tarde deste sábado, mas a ligação não foi atendida. Já a área para contato com assessoria no site Prefeitura de São passa por problemas técnicos, impossibilitando o envio de e-mail no espaço reservado a isso.

Praias impróprias

Além de Taíba, mas seis praias foram consideradas pela Semace como impróprias para banho no Ceará: Cumbuco (Caucaia), Paracuru (Paracuru), Flexeiras (Trairi), Mundaú (Trairi), Porto das Dunas (Aquiraz) e Pontal de Maceió (Fortim).

Foram recolhidos 500 litros de óleo em nove praias do Ceará, durante operação realizada nos dias 29 e 30 de setembro. Ao todo 35 praias tiveram amostras de água analisadas.

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