Jamaicano pega ônibus errado, quase perde prova, e leva ouro na Olimpíada

Corredor de 110 metros com barreiras, Hansle Parchment pegou dinheiro emprestado de voluntária da organização da Olimpíada para bancar táxi até local da disputa; ele ficou em primeiro lugar e ganhou a medalha de ouro

07:00 | Ago. 12, 2021

Hansle Parchment conseguiu o ouro nos 110 metros com barreiras, na Olimpíada de Tóquio, após pegar ônibus errado e quase perder disputa da semifinal (foto: Reprodução/Instagram)

O atleta jamaicano Hansle Parchment, medalha de ouro nos 110 metros com barreiras na Olimpíada de Tóquio, quase não conseguiu chegar ao local da competição. Após pegar o ônibus errado na Vila Olímpica, o corredor foi parar em um ginásio longe do estádio olímpico, onde iria competir.

Parchment tentou pedir ajuda aos motoristas dos carros fretados especificamente para os jogos olímpicos, mas sem sucesso. Por questões de segurança, os condutores só poderiam levar passageiros que agendassem a corrida com antecedência.

Desesperado, ele fez uma última tentativa: abordou uma voluntária da organização da Olimpíada, explicou a situação e perguntou o que poderia ser feito. A jovem o ajudou a encontrar um táxi e lhe emprestou dinheiro para a corrida até o local da prova.

O corredor conseguiu chegar a tempo para a disputa da semifinal, que aconteceu na quarta-feira, 4 de agosto. Com segundo lugar na corrida, ele se classificou à final. No dia seguinte, Parchment fez o melhor tempo nos 110 metros com barreiras e ganhou a medalha de ouro na modalidade.


Jamaicano reencontrou voluntária; governo ofereceu viagem ao país

No último sábado, 7, o atleta conseguiu localizar a voluntária que lhe ajudou a chegar ao pódio. Em vídeo publicado no seu perfil do Instagram, o corredor registrou o encontro com a jovem. Ele devolveu o dinheiro emprestado e deu de presente uma camisa da delegação jamaicana.

Segundo o jornal jamaicano The Gleaner, após saber da história, o ministro do Turismo da Jamaica, Edmund Bartlett, decidiu convidar a moça para visitar o país. "Não importa onde no mundo ela esteja, nós queremos retribuir a gentileza mostrada a um dos nossos", disse Bartlett, que pretende encontrar a jovem e presenteá-la com uma viagem para a Jamaica, com as despesas pagas pelo ministério.

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