História de vida de Isaquias Queiroz, ouro na canoagem das Olimpíadas

Nascido na Bahia, Isaquias Queiroz foi ouro na canoagem das Olimpíadas. Ele teve uma infância bastante complicada. Brasileiro fez questão de dedicar seus esforços à memória do treinador Jesus. Confira a história de vida do canoísta

Mais um brasileiro, nascido no Nordeste, conquistou medalha nas Olimpíadas de Tóquio 2021. O baiano Isaquias Queiroz, de 27 anos de idade, foi ouro da categoria C1 1000m da canoagem, realizada no começo da madrugada de hoje, sábado, 7 de agosto (07/08).

Esperança de subir ao pódio desde antes do início dos Jogos no Japão, o atleta pode ser considerado não só por causa daquilo que faz dentro da água, mas por toda sua história de vida. Ainda na infância, seus pais receberam a notícia de que ele iria morrer aos três anos. Também chegou a ser raptado e, após cair de uma árvore, chegou a perder um rim.

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Todas essas atribulações foram superadas por ele que soma no currículo conquistas como outras três medalhas olímpicas (duas pratas e um bronze), alcançadas no Rio de Janeiro em 2016, além de ser o atual campeão mundial.

Já em Tóquio 2020, ele ficou na quarta posição na categoria G2 1.000 metros, ao fazer dupla com o também baiano Jacky Godmann. Após esse "quase" pódio, Isaquias fez uma promessa: iria ganhar o ouro na categoria C1 1000m. Dito e feito.

Logo após a prova, ele conversou com equipe de reportagem de TV Globo, para quem afirmou:

"Prometi e fui atrás. Feliz por dar essa medalha de ouro para vocês do Brasil. Era só um menino brincando com os amigos e hoje sou campeão olímpico. Eu quis e vim atrás" Isaquias Queiroz

Durante toda a disputa, o baiano fez questão de dedicar seus esforços à memória do treinador Jesus Morlán, considerado um pai pelo próprio Isaquias. Espanhol, Jesus morreu em 2018, vítima de uma câncer no cérebro.

"Jesus foi um cara que mudou a a trajetória da canoagem do Brasil. Um cara que merece todo elogio por todas as conquistas que teve e pelo que estava fazendo mesmo com o tratamento do câncer. Para mim, é uma honra poder remar aqui e tentar mostrar para o Brasil que o trabalho dele segue, que podemos mostrar à família dele que levamos o nome do Jesus mesmo ele não estando mais fisicamente aqui", afirmou Isaquias logo após sua classificação para esta final.

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