Wimbledon: Com abacaxi e vestimenta única, veja 9 curiosidades do Grand Slam
Muito além das partidas, Wimbledon reúne tradições, símbolos e regras centenárias que fazem do torneio o mais icônico do tênis mundial que teve inicio hoje, 30
Nenhum torneio de tênis no mundo é cercado por tanta tradição e requinte quanto Wimbledon. Realizado desde 1877, o Grand Slam disputado na grama britânica é considerado o mais prestigiado do calendário, reunindo os maiores nomes do esporte e uma série de peculiaridades que o tornam único.
Alcaraz estreia em Wimbledon com vitória suada sobre Fognini; SAIBA MAIS
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Da premiação milionária à obrigatoriedade do traje branco, passando por regras centenárias e rituais que resistem ao tempo, Wimbledon guarda segredos que encantam fãs e intrigam curiosos.
Confira abaixo 9 curiosidades que tornam Wimbledon diferente de todos os outros torneios do circuito.
Wimbledon 2025: veja 9 curiosidades em torno da história do torneio de tênis
1. A grama é o palco original do tênis
Wimbledon é o único dos quatro Grand Slams disputado na grama natural, o tipo de piso mais rápido do circuito.
Trata-se também da superfície original do tênis moderno, o que reforça o caráter tradicional do torneio. A manutenção da grama é levada a sério: ela é cortada diariamente a exatos 8 mm de altura.
2. Branco é obrigatório — e por uma razão inusitada
Desde o século XIX, os jogadores devem usar roupas totalmente brancas durante o torneio. A regra surgiu por uma preocupação vitoriana com o “suor visível”: roupas coloridas poderiam expor manchas em público, o que era considerado indesejável na época.
A regra permanece até hoje, sendo aplicada com rigidez — até detalhes como sutiãs ou faixas de cabelo em outras cores podem ser vetados.
3. A origem do troféu... com um abacaxi
É notável que o troféu masculino de Wimbledon tem um abacaxi no topo. O motivo exato é incerto, mas há uma explicação histórica: no século XVII, abacaxis eram símbolo de riqueza, hospitalidade e status social na Europa.
Eles eram tão raros que apenas a elite tinha acesso à fruta — por isso, ela virou um ornamento de prestígio, perpetuado no design da taça.
4. O torneio para quando chove — ou não mais
Durante décadas, a chuva foi inimiga constante do torneio, que era frequentemente interrompido.
Isso mudou com a construção de coberturas retráteis nos estádios principais, como a Centre Court e a Court No. 1, permitindo que os jogos prossigam mesmo com mau tempo — algo impensável nas décadas passadas.
5. Premiação milionária
Em 2025, Wimbledon distribuirá £53,5 milhões em prêmios (cerca de R$ 401 milhões). Os campeões de simples, tanto no masculino quanto no feminino, receberão £3 milhões cada (aproximadamente R$ 22 milhões)
Os valores refletem a grandiosidade e o prestígio do evento, que tem aumentado constantemente os prêmios nas últimas edições.
6. Federer e Navratilova: os maiores vencedores
Roger Federer é o maior campeão da era moderna na chave masculina, com 8 títulos conquistados entre 2003 e 2017. No feminino, a recordista é Martina Navratilova, que ergueu o troféu 9 vezes entre 1978 e 1990.
Já entre os brasileiros, Maria Esther Bueno venceu três vezes nas duplas e uma vez nas simples, sendo até hoje a maior representante do país no torneio.
7. Morangos, creme e... tradição
Um dos símbolos de Wimbledon não está dentro das quadras, mas nas arquibancadas: o consumo de morangos com creme é uma tradição secular.
Estima-se que mais de 38 toneladas de morangos sejam consumidas durante as duas semanas do torneio. A iguaria é servida desde a primeira edição e remete à elegância e ao verão britânico.
8. Nenhum patrocinador visível
Ao contrário de outros torneios de tênis, Wimbledon não exibe patrocínios dentro das quadras. As placas de publicidade são banidas, e o único destaque visual é o famoso tom de verde com púrpura.
Isso reforça o caráter clássico e discreto do evento, que privilegia a tradição em detrimento do marketing.
9. Wimbledon já teve pausas por guerra
Wimbledon só deixou de ser disputado em três ocasiões, todas por conta de guerras. A primeira foi durante a Primeira Guerra Mundial (1915–1918), e a segunda, na Segunda Guerra Mundial (1940–1945).
Swiatek chega a Wimbledon com "confiança" após sua final em Bad Homburg; CONFIRA
Mais recentemente, em 2020, o torneio foi cancelado pela primeira vez em tempos de paz, devido à pandemia de Covid-19 — mas contou com um seguro raro que cobriu parte das perdas.
Wimbledon não é apenas um torneio — é um ritual esportivo com mais de um século de história, onde tradição, prestígio e excelência se encontram em cada detalhe. E enquanto o tênis evolui em todo o mundo, Wimbledon segue fiel às suas raízes, preservando um charme que nenhuma tecnologia consegue substituir.