Loïs Boisson: quem é a francesa que surpreende Roland Garros? Saiba tudo

Loïs Boisson: quem é a francesa que surpreende Roland Garros? Saiba tudo

De wildcard a sensação do torneio, Loïs Boisson conquista Paris e choca o mundo ao chegar à semifinal de Roland Garros como 361ª do ranking

Em um torneio recheado de favoritos e grandes nomes, uma jovem até então desconhecida do grande público tem se tornado o centro das atenções em Roland Garros 2025.

Loïs Boisson, francesa de apenas 22 anos, entrou na chave principal como convidada (wildcard), sem grandes expectativas e ocupando a 361ª posição do ranking mundial.

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A grande oportunidade veio com o convite da organização do torneio, que apostou na jovem para representar o tênis francês em casa. O que era para ser uma participação simbólica, acabou se transformando em uma das maiores histórias de superação e surpresa do esporte neste ano.

Hoje, ela é o nome mais falado do Grand Slam parisiense — depois de uma sequência impressionante de vitórias, Boisson está nas semifinais e promete fazer história diante de sua torcida.

Loïs Boisson: quem é a atleta?

Natural de Dijon, Boisson começou no tênis ainda criança, treinando em academias locais e disputando torneios juvenis pela França. Sua ascensão no circuito profissional foi modesta e marcada por altos e baixos.

Em 2021, ela iniciou sua carreira no circuito ITF, ganhando pequenos torneios e construindo uma reputação de atleta disciplinada e com bom potencial técnico.

No entanto, sua caminhada sofreu um baque em 2024, quando uma lesão grave no ligamento cruzado anterior a tirou das quadras por mais de seis meses.

A recuperação foi longa e silenciosa, longe dos holofotes. Pouco antes do início de Roland Garros, ela ocupava a 361ª colocação no ranking da WTA, sem títulos relevantes no circuito principal e ainda tentando reencontrar seu melhor nível físico e mental.

Loïs Boisson: campanha de conto de fadas

Desde a primeira rodada, Boisson demonstrou estar em sintonia com a torcida e com a quadra de saibro. Seu estilo agressivo, com golpes firmes do fundo de quadra e excelente movimentação lateral, rapidamente chamou a atenção.

Ela estreou vencendo a experiente Elise Mertens, 24ª cabeça de chave, e seguiu derrotando adversárias de peso como Anhelina Kalinina e a compatriota Elsa Jacquemot.

Foi nas oitavas de final que o mundo percebeu a força de Boisson, na qual ela eliminou a número três do mundo, Jessica Pegula, em uma partida histórica.

Nas quartas, superou a russa Mirra Andreeva (número seis), considerada uma das maiores promessas da nova geração, consolidando-se como um fenômeno em ascensão.

A cada vitória, a francesa subiu no ranking, garantiu premiações milionárias e ganhou novos fãs. Ao chegar à semifinal, ela quintuplicou seus ganhos em premiação e já figura entre as 70 melhores do mundo — e, mais importante, é agora a número 1 da França.

Loïs Boisson em Roland Garros: estilo e personalidade

Loïs Boisson se destaca não somente pelo que faz com a raquete, mas também por sua postura dentro e fora da quadra. Com um estilo direto, intenso e emocionalmente controlado, ela mostra maturidade incomum para alguém que disputa seu primeiro Grand Slam.

Seu saque consistente, forehands profundos e a calma nos pontos decisivos foram armas decisivas ao longo da campanha.

Mas a francesa também já precisou lidar com polêmicas. Em abril, durante o WTA 250 de Rouen, foi alvo de um comentário constrangedor da britânica Harriet Dart, que solicitou à arbitragem que pedisse à adversária para “usar desodorante” por conta do suposto mau cheiro.

A declaração causou polêmica nas redes sociais e Boisson respondeu com bom humor e elegância. “Fico feliz em saber que estou incomodando no jogo — mesmo que seja pelo olfato”, escreveu nas redes, recebendo apoio massivo do público e de outros atletas.

O episódio, longe de abalar sua imagem, reforçou sua força psicológica e carisma.

Loïs Boisson em Roland Garros: confronto contra a atual nº 2 do mundo 

Agora, Boisson se prepara para o maior desafio de sua carreira até aqui, a semifinal contra Coco Gauff, a segunda melhor tenista do mundo e campeã do US Open 2023. A americana vem embalada após derrotar Madison Keys e é uma das favoritas ao título.

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A partida promete ser um choque de gerações, ritmos e histórias — e Boisson chega como franco-atiradora, carregando a energia da torcida francesa e o embalo de quem já provou que pode vencer qualquer uma.

E o que vem depois?

Independentemente do resultado da semifinal, Loïs Boisson já garantiu seu nome entre os grandes momentos de Roland Garros.

Sua campanha transformou sua carreira, passando de desconhecida a sensação internacional, de promessa local a nova referência do tênis feminino francês.

Além dos ganhos financeiros (mais de US$ 785 mil em premiação no torneio), ela já assegura entrada direta nos próximos torneios de elite e, acima de tudo, uma nova perspectiva para o futuro.

 

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