Paiva lamenta fase negativa do Fortaleza e evita culpados isolados
Ainda na coletiva, Paiva afirmou que existem conversas sobre a aquisição de um novo atacante após o afastamento de Deyverson
O Fortaleza chegou à sua 11ª derrota na Série A do Brasileirão ao ser superado pelo Mirassol, na noite do último domingo, 24. O resultado estendeu a seca de vitórias do técnico Renato Paiva sob o comando do Leão. Desde sua chegada, foram nove jogos à frente do Tricolor, sem vencer há sete partidas.
Em mais uma reformulação no elenco, na última quinta-feira, 21, o goleiro Magrão; os meio-campistas Zé Welison, Emmanuel Martínez, Rodrigo Santos e Ryan Guilherme; e o atacante Deyverson foram afastados pelo comandante português e estão liberados para ouvir propostas de outros clubes.
Na coletiva pós-derrota para os paulistas, Paiva afirmou que os atletas afastados não são os culpados pela atual situação do Fortaleza. O português ressaltou que a decisão teve como objetivo “diminuir o elenco” e não funcionou como uma espécie de “castigo”.
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“Quando se fala em afastar jogadores, eu disse isso no pré-jogo: eu não gosto do termo. Ao afastar, parece que estou castigando. Eu não castiguei ninguém. Fui claro quando falei para fora, fui claro quando falei com esses jogadores um a um e fui claro quando falei para o grupo. Não afastei culpados. Os culpados estamos todos aqui. Todos”, afirmou Renato Paiva.
“Tomei medidas técnico-táticas com jogadores que não me serviriam para a minha forma de jogar. Eu iria trazer atletas para somar em algumas posições, e não quero treinar com 30 e tantos jogadores. Temos somente uma competição atualmente. Quero menos jogadores, mais focados no trabalho — um elenco menor, mas com mais qualidade”, acrescentou.
Contratações
Com o afastamento de Deyverson, surgiu uma nova vaga para centroavante no elenco tricolor. O clube já havia contratado o paraguaio Adam Bareiro, ex-River Plate, nesta janela de transferências, por 1,8 milhão de dólares (R$ 9,7 milhões na cotação da época).
Ainda na coletiva, Paiva afirmou que existem conversas sobre a aquisição de um novo atacante. No entanto, destacou as dificuldades em encontrá-lo no mercado interno, devido ao limite de partidas disputadas na Série A, e no mercado externo, por conta da adaptação.
“Em relação à contratação de um novo centroavante, estamos conversando. Não é fácil encontrar jogadores que não tenham sete jogos já feitos no Brasileirão. Trazer de fora é outro problema de adaptação. Não consigo dizer ainda porque não há uma definição em relação a isso.”
“Eu acho que o problema da equipe não é apenas o camisa 9. Se você me dissesse: ‘os nove têm finalizações e não falham gols’, poderíamos dizer que é uma questão individual. A questão é que a equipe trabalha a bola, chega às zonas de remate à baliza ou de cruzamento, mas a bola não chega aos nossos jogadores. O último passe e a última decisão não são bons, e isso nos penaliza bastante.”
O jogo
Apesar das mudanças, o gol sofrido logo no início voltou a complicar o Fortaleza. O tento do Mirassol, marcado aos 17 minutos, foi novamente assunto na coletiva. Dos nove jogos de Paiva no comando do Tricolor, em quatro deles (contra Grêmio, Botafogo, Fluminense e Mirassol) a equipe sofreu ao menos um gol antes dos 20 minutos da primeira etapa.
“Acho que entramos muito bem no jogo, sinceramente. Tiramos a bola do Mirassol e chegamos à área deles, mas sem conseguir finalizar, sem conseguir definir — mais uma vez. Depois, em um lance completamente caricato, o Mirassol fez o primeiro gol: um jogador deles, cercado por quatro ou cinco nossos, conseguiu finalizar mesmo assim. Logo em seguida veio a situação do pênalti, mas não conseguimos converter”, lamentou.
“Estamos em uma fase em que nada de positivo acontece. Fomos novamente atrás do resultado e, para variar, tivemos de correr atrás outra vez. Criamos outra oportunidade, mas voltamos a ter pólvora seca na área: não conseguimos fazer gols, não conseguimos finalizar em boas condições”, concluiu Paiva.
O Tricolor do Pici volta a campo no próximo domingo, 31, às 20h30min, diante do Internacional, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).
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