Caso Lucero: Fortaleza vai recorrer, mas cogita acordo com Colo-Colo por fim de punição

Tricolor confia em efeito suspensivo para contar com atacante diante do Santos, vai apelar à Corte Arbitral do Esporte e considera abrir conversa com chilenos por valores em torno de R$ 2,9 milhões

A decisão da Câmara de Resolução de Disputas da Fifa agitou os bastidores do Pici na manhã da última terça-feira, 8, horas antes da inédita classificação para as quartas de final da Copa Sul-Americana. O transfer ban aplicado por duas janelas de transferências e a suspensão de Lucero por quatro meses levaram o Fortaleza a se movimentar no âmbito jurídico e até a possibilidade de um acordo com o Colo-Colo-CHI é cogitada, apurou o Esportes O POVO.

A surpresa citada pelo Tricolor em comunicado oficial de fato ocorreu. Desde o início do imbróglio, o clube já havia contratado um advogado para cuidar do caso e, ao receber a decisão, preparou uma reação imediata, sobretudo em relação à situação do camisa 9.

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O Leão do Pici entrou com um pedido de efeito suspensivo para que o atacante argentino possa atuar até que haja julgamento do recurso e até tinha esperanças em contar com Lucero diante do Libertad-PAR, mas o fuso horário dificultou a missão: quando a delegação chegou ao Castelão, ainda com Lucero entre os relacionados, já eram mais de 22 horas na Suíça (são cinco horas à frente em relação a Brasília).

O clube crê que terá resposta positiva do efeito suspensivo ainda nesta semana e que poderá contar com o centroavante diante do Santos, no próximo domingo, 13, às 18h30min, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.

O próprio jogador — que também contratou um advogado para o caso — vai apelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS, sigla em inglês), a exemplo do Fortaleza. O prazo é de 21 dias, contados a partir do recebimento da notificação, o que ocorreu na terça-feira. Em nota, o Tricolor afirmou que o recurso "já se encontra em vias de elaboração e será apresentado em tempo hábil".

O Esportes O POVO apurou que o Leão também estuda abrir conversas com o Colo-Colo para chegar a um acordo. Neste caso, a equipe chilena informaria o acerto à Fifa, o que derrubaria o transfer ban — os tricolores estão impedidos de registrar novos jogadores nas duas próximas janelas, no início e na metade de 2024.

Na ação, o Cacique inicialmente pedia 2,1 milhões de dólares (R$ 9,8 milhões na cotação atual), que deveriam ser pagos por Fortaleza e Lucero, juntos. No entanto, a Câmara de Resolução de Disputas da Fifa entendeu que nem os brasileiros nem o atacante deveriam desembolsar cifras aos chilenos. Mas este pode ser o caminho para o entendimento. Um montante próximo a 600 mil dólares (em torno de R$ 2,9 milhões) é bem visto pelo Colo-Colo, e o Leão avalia abrir conversas nestes termos.

Mas a equipe do Pici não vê necessidade de pressa nesta hipótese. O transfer ban não tem impacto imediato e em caso de deferimento do efeito suspensivo, a situação de Lucero também não geraria consequência imediata. Além disso, acredita que pode ter sucesso no recurso ao CAS. Por outro lado, o acordo com o antigo clube do camisa 9 encerraria de vez um imbróglio que pode se arrastar nos tribunais.

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