"Ele sempre quis ficar", detalha Robinson sobre renovação com Vina
Em entrevista exclusiva, presidente do Ceará fala sobre os bastidores da renovação do principal jogador do clube na temporadaA renovação de Vina com o Ceará até o fim de 2024 agitou o mercado da bola. Principal destaque do Alvinegro na temporada passada, o meia-atacante chamou a atenção do futebol brasileiro, ganhou vaga na seleção da Série A e foi especulado em clubes do eixo RJ-SP, mas preferiu ficar em Porangabuçu. Em entrevista exclusiva, o presidente do Vovô, Robinson de Castro, conta os bastidores da negociação que garantiu a permanência do camisa 29 e colocou a agremiação em "novo patamar" no cenário nacional.
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AssineNo Ceará, Vina desencantou após temporadas anteriores de oscilação. Viveu a melhor temporada da carreira em 2020 e terminou o ano como artilheiro, com 23 gols, e líder de assistências, com 19. Com ele, o Vovô foi bicampeão invicto da Copa do Nordeste e vice no Cearense, fez campanha até as quartas de final da Copa do Brasil e se classificou para a Sul-Americana após terminar a Série A em 11º.
Entre os prêmios individuais, Vina foi artilheiro do Nordestão, com cinco gols, e líder de assistências, com quatro, e eleito o melhor jogador da competição. Na Série A, se tornou o maior artilheiro do clube na era dos pontos corridos, com 13 tentos. Foi ainda o maior "garçom" do Brasileirão junto com Arrascaeta e Keno.
Abaixo os principais trechos da entrevista com Robinson de Castro:
FOI DIFÍCIL RENOVAR COM VINA?
"Com ele nunca foi difícil. Ele sempre quis ficar. A gente tinha que fazer o negócio da permanência dele, dar as condições que o mercado daria a ele. E aí envolve os agentes. Foi difícil para você viabilizar esse investimento e chegar a uma engenharia financeira com tempo, valores, prêmios e etc, essas coisas que fazem parte do contrato", afirma Robinson.
VINA FICOU PERTO DO CORINTHIANS?
"A gente demora por conta disso (elaboração de contrato). Vi o pessoal noticiando que o Vina fechou com o Corinthians. 'Ah, o Vina vai se apresentar no Corinthians'. Em nenhum momento isso aconteceu. Depois, falaram que o Vina já tinha fechado com o Ceará, mas não tinha acontecido ainda", completa.
NOVO PATAMAR
"Com ele (na negociação), não houve nenhum desgaste. Ele queria ficar. A gente estava muito bem situado. Ele não queria vir (em 2020), hoje não quer mais ir. Mudou o patamar do clube, essa renovação mexeu com o mercado."
VINA NÃO QUERIA VIR EM 2020
"Ele deu trabalho para vir. É um jogador que tem um espírito diferente, personalidade, fominha. Ele quer jogar, ser o cara, o protagonista. Ele tinha que deixar de querer e ser o cara. Acho que a gente viabilizou ele ser."
INFORMAÇÕES COM MANCINI E ANDERSON BATATAIS
"Pegamos informações com o Mancini (técnico do Corinthians) e com o Anderson Batatais (auxiliar-técnico de Mancini). 'Esse cara é fera', me falaram. Não entendi porque ele não era sempre protagonista nos times. Às vezes, ele não quer fazer algumas funções táticas e os treinadores pegam no pé. Como jogador que faz a diferença taticamente, ele não é o melhor do mundo. O Thiago Galhardo, ano passado, taticamente não era o melhor do mundo, o Magno Alves também, mas eles resolvem. Com o Magno, alguém tinha que fazer o serviço sujo. O Felippe Cardoso fazia para o Galhardo. A bola vai chegar nele e ele vai resolver."