Daniel Alves: veja detalhes do julgamento e prisão

O ex-jogador da seleção brasileira foi condenado por estupro após julgamento que durou três dias. Confira detalhes do julgamento de Daniel Alves

O jogador Daniel Alves foi condenado a mais de quatro anos de prisão por abusar de uma mulher de 23 anos em uma boate em Barcelona. Ele está preso desde o dia 20 de janeiro do ano passado e teve a sentença anunciada nesta quinta-feira, 22.

Antes de ser julgado, Daniel prestou depoimentose mudou de versão várias vezes sobre o ocorrido. Também trocou de advogado neste período, sendo a última representate da defesa do jogador a advogada Inés Guardiola, que o acompanhou no julgamento.

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Daniel Alves: Quando e onde ocorreu o crime?

Daniel foi condenado por estuprar uma jovem de 23 anos na boate Sutton, em Barcelona, Espanha, na madrugada do dia 30 para o dia 31 de dezembro de 2022. A vítima denunciou o jogador dois dias depois, incentivada por colegas.

O jogador foi preso quase um mês depois, e já havia prestado depoimentos antes disso. Na primeira versão, Daniel alegou que não conhecia a jovem. No entanto, o depoimento dela, que citou uma tatuagem íntima do jogador, ajudou a justiça a decretar a prisão do brasileiro.

Segundo o jornal espanhol “O Mundo”, a vítima afirmou que o desenho ficou visível no momento em que Daniel Alves tentou forçá-la a fazer sexo oral, dentro do banheiro de uma boate.

Daniel Alves: Quais versões o jogador apresentou sobre o dia do crime?

Durante as investigações, Daniel Alves prestou depoimentos para a polícia, em que mudou a versão do ocorrido várias vezes. Na primeira delas, o atleta afirmou que não conhecia a vítima e negou ter cometido atos sexuais com ela.

Todavia, no depoimento seguinte, o ex-jogador mudou a versão e afirmou ter visto a vítima, mas negou ter contato com ela.

Ele ainda teve três pedidos de liberdade provisória negados, com a Justiça citando risco de fuga.

As outras versões apresentadas por Alves foram:

  • Disse que houve relação sexual com a vítima, mas sem penetração;
  • Confirmou que teve relações sexuais com a espanhola consensualmente, mas que não havia revelado antes parar esconder a infidelidade da esposa;
  • Em seu último depoimento, o jogador afirma que estava sob efeito de álcool.

Daniel Alves: Julgamento foi finalizado sem decisão da juíza

O julgamento de Daniel Alves foi marcado para os dias 5, 6 e 7 de fevereiro de 2024, depois de um ano que o jogador estava preso.

A mulher que o denunciou teve a identidade preservada durante todo o período do julgamento. Falou ao tribunal protegida por um biombo para que não tivesse contato visual com o jogador, e sua imagem foi reproduzida em vídeo para os presentes, com a imagem e voz distorcidas.

O julgamento foi presidido por uma mulher, a juíza Isabel Delgado Pérez, acompanhada pelos magistrados Luís Belestá Segura e Pablo Diez Noval.

Depois de três dias, o julgamento terminou sem um prazo para a divulgação do veredicto. Ontem (21), duas semanas depois do julgamento, o resultado foi divulgado.

Daniel Alves: além da vítima de estupro, mais duas mulheres denunciaram o jogador

No primeiro dia de julgamento, uma amiga e uma prima da mulher que acusou Daniel também afirmaram que o atleta apalpou elas no dia em que cometeu o crime.

As três dançaram com o jogador na área VIP da boate e afirmaram que ele flertou com a vítima que o acusa de estupro e, posteriormente, insistiu para que ela entrasse com ele por uma porta no local.

As informações foram confirmadas pelo jornalista espanhol Jesús González Albalat, que viu imagens das câmeras de segurança da boate no dia 30 de dezembro de 2022.

O ex-jogador da Seleção Brasileira acompanhou a sessão na primeira fila, sentado ao lado de um policial. As amigas da denunciante corroboraram com a versão contada por ela, enfatizando que “ela lhe havia pedido "chorando desconsolada" para irem embora após sair do banheiro, dizendo-lhe que Daniel Alves lhe havia causado "muitos danos"”.

Daniel Alves: ex-jogador alegou estar bêbado

No segundo dia de julgamento, o amigo de Daniel afirmou que ele estava bêbado no dia do ocorrido, o que colaborou como um atenuante no crime.

Segundo a testemunha, Daniel Alves manteve com a denunciante uma "interação respeitosa", segundo seu amigo, que contou que o viu ir ao banheiro e, logo depois, a jovem. Ao sair do banheiro, Alves "seguiu dançando" e não falaram sobre o que havia ocorrido, disse.

No último dia, foram exibidas as provas da medicina forense (forenses, psicólogos, analistas científicos, provas biológicas) e as documentais, com visualização dos vídeos das câmeras de segurança da boate. O depoimento de Daniel foi no final da audiência.

Dani Alvez foi condenado a 4 anos de prisão

Na noite de ontem, 21, o jogador foi condenado a quatro anos e meio de prisão pelo crime de estupro e lesão corporal leve.

Para o tribunal, ficou comprovado que a vítima não consentiu a relação sexual e existem elementos que comprovam a violação: a existência de lesões nos joelhos da vítima; seu comportamento ao relatar o ocorrido; e a existência de sequelas, já que a jovem segue em acompanhamento psicológico desde o ocorrido.

Além dos 150 mil euros por danos morais, a juíza condenou Daniel a pagar uma multa de 9 mil euros (cerca de R$ 47,9 mil) durante dois meses, pelo delito de lesão corporal leve.

Daniel Alves: O jogador pode recorrer da decisão?

A defesa do ex-jogador ainda pode recorrer à decisão judicial em duas instâncias: no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) e no Supremo Tribunal da Espanha. A advogada de Alves já informou que irá recorrer, segundo informações do g1, e deve apresentar a documentação em até 10 dias.

Com informações de Isabel Prado, Agência Estado e AFP.

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