Dois hospitais de Fortaleza registram ocupação de UTIs de 70% ou mais

Em dezembro, cinco pessoas morreram em decorrência da doença na Capital, de acordo com dados do IntegraSUS. No Interior, especialmente no Sertão Central e no Litoral Leste, os indicadores de ocupação de leitos são menores

Dois de cinco hospitais de Fortaleza com leitos ativos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estão com ocupação de 70% ou mais, de acordo com dados do IntegraSUS, plataforma da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), consolidados na noite desta terça-feira, 14. Um deles é o Hospital Leonardo da Vinci (HELV), considerado referência para casos da doença no Estado, com 14 de 20 leitos ativos ocupados. A outra unidade faz parte da rede privada: Hospital Regional Unimed, com quatro de cinco leitos ocupados.

Entre as macrorregiões do Estado, a de Fortaleza, que inclui a Capital e outros 43 municípios, apresenta indicadores mais altos. São quase metade dos leitos de UTI ocupados e 45% das enfermarias com pacientes. No total, o Ceará registra 44,21% dos leitos de UTI para tratamento de Covid-19 ocupados por pacientes. Nas enfermarias, o indicador é menor, com ocupação de 24,38%. O balanço leva em conta todas as unidades que atendem pacientes com Covid-19, das esferas pública e privada.

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Na Capital, a última morte confirmada por Covid-19 aconteceu na última quinta-feira, 9, totalizando cinco óbitos em decorrência da doença neste mês de dezembro. A estatística, no entanto, pode ser afetada devido à possibilidade de atraso de notificações nos últimos dias. Em boletim publicado na última semana, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) considerou que o atual padrão de mortalidade ainda reflete a estabilidade alcançada com o fim da segunda onda e o aumento da fração da população imunizada na Cidade.

Os números da vacinação em Fortaleza seguem crescendo e chegaram a 72% de habitantes que completaram o ciclo vacinal, com as duas doses ou a dose única, segundo dados do Vacinômetro da Sesa e estimativa populacional para 2021 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com pelo menos uma das doses, a porcentagem é de quase 80%, com 2,1 milhões de fortalezenses atendidos, enquanto a terceira dose já contemplou 279 mil habitantes. Em todo o Estado, os imunizados com a primeira e segunda dose correspondem a 75% e 67,3% da população, respectivamente.

Interior

O Cariri e a macrorregião de Sobral apresentam índices de 40% nas UTIs e enfermarias com números inferiores a 15% de ocupação. Ambas regiões contam com grandes hospitais de referência, que atendem a vários municípios da região. O Hospital Regional Norte (HRN), por exemplo, registra sete de dez leitos de UTI ocupados em Sobral — cidade que registrou três óbitos em decorrência da doença desde o fim de agosto deste ano.

Já no Sertão Central, os números são menores, com 20% de ocupação em Terapia Intensiva. Na macrorregião do Litoral Leste/Jaguaribe, não havia nenhum leito ativo para tratamento da doença nesta noite. Em maio deste ano, essas duas regiões apresentaram as situações epidemiológicas mais preocupantes em relação à Covid-19 no Estado. As áreas tinham taxa de transmissibilidade (Rt) acima de 1, o que significa que a doença seguia avançando, com taxa de ocupação que chegou a 98,5%. Quixadá, Canindé, Quixeramobim e a região de Tauá eram as mais alarmantes, conforme análise da Sesa.

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