Covid-19: Sesa nega que há pessoas com segunda dose da vacina atrasada

Boletim da Fiocruz divulgado na quarta-feira, 29, apontava o Ceará como o estado com maior proporção de segunda dose (D2) em atraso. Secretaria da Saúde do Ceará alega que as informações mais atualizadas são as do vacinômetro do Estado

Ao contrário do que aponta o boletim VigiVac da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na quarta-feira, 29, a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) nega que haja cearenses em atraso para a segunda dose (D2) da vacina contra a Covid-19 no Estado. O que há, de acordo com a pasta, é defasagem entre os dados de aplicação de vacina do Estado, contabilizados no vacinômetro, e as informações disponíveis no OpenDataSUS, do Ministério da Saúde (MS).

"Tanto nós temos os registros de doses que ainda faltam ser digitados como temos as informações que estão migrando para o Ministério da Saúde", afirmou a secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, Ricristhi Gonçalves, em entrevista ao O POVO, nesta quinta-feira, 30. "Hoje, por exemplo, nós temos 38,33% de segunda dose aplicada, mas não temos esse mesmo quantitativo nas informações que vão via Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS) até o SI-PNI (Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações)."

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O Painel de Atraso de Segunda Dose de Vacina, do boletim VigiVac, leva em conta os indivíduos que tomaram a primeira dose (D1) e que ainda não tomaram a segunda. Para a AstraZeneca e a Pfizer, foram considerados 84 dias de intervalo para a segunda dose, e o prazo para a CoronaVac é de 28 dias. A situação de atraso é caracterizada após 14 dias da data prevista para a segunda dose.

Para exemplificar a diferença entre as bases, a Sesa comparou os dados do OpenDataSUS e do vacinômetro nesta quinta-feira, 30. De acordo com levantamento da secretaria, enquanto a base do Ministério aponta 3.933.923 primeiras doses aplicadas no Estado, o vacinômetro registra quase 2,2 milhões de doses a mais (6.131.723).

Em relação à segunda dose da vacina, enquanto o OpenDataSUS aponta 2.162.245 doses aplicadas, a base estadual registra mais de 1,2 milhão de aplicações a mais (3.377.160). Já a diferença entre os registros de doses únicas aplicadas é de 135,9 mil doses a mais na base de dados da Sesa (28.663 no OpenDataSUS e 164.575 no vacinômetro).

"Uma coisa é você ter um indivíduo vacinado, outra coisa é você ter o dado sendo liberado. As pessoas que estão com sua D1 e no prazo da D2 estão sendo vacinadas. Tivemos assim um pequeno atraso por conta das entregas de D2, mas esse atraso já foi inclusive regularizado", afirmou Ricristhi Gonçalves.

Ela explica, ainda, que há casos de pessoas que tomaram a primeira dose mas não voltaram para tomar a segunda. "É um percentual pequeno, não estamos tendo tanta recusa, tanto absenteísmo na segunda dose. Mas também precisa ser considerado."

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