Ceará tem "sinal forte" de tendência de crescimento de SRAG; Brasil também enfrenta aumento

Os pesquisadores apontam que a não adoção de medidas mitigadoras pelos estados pode acarretar em um agravamento do quadro epidemiológico. Cerca de 96% do número de SRAG desde o início de 2020 é de Covid-19

O Brasil pode estar enfrentando uma reversão na tendência de queda do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), conforme indica o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) divulgado nesta quarta-feira, 4. A análise de dados do órgão demonstrou que há uma tendência de crescimento moderado nas últimas três semanas, mas a queda permanece quando o intervalo de análise é maior, nas últimas seis semanas. Em relação ao Ceará, a Fiocruz alerta que há um “sinal forte” de crescimento na tendência de curto prazo, porém com sinal de estabilidade na tendência de longo prazo.

No longo prazo, apenas três federações apresentam tendência de aumento: Mato Grosso do Sul, Amazonas e Acre — este último com índices mais preocupantes. Entre os casos registrados, mais de 1,5 milhão desde o início de 2020, cerca de 96% são decorrentes do SARS-CoV-2 (Covid-19).

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Já entre as capitais, Fortaleza e outras cinco cidades apresentam tendência de crescimento no longo prazo. Junto a Belém, o município cearense fica entre os dois únicos desse grupo que também registram o aumento a curto prazo. No restante do Estado, as macrorregiões de Sobral e do Cariri têm sinal moderado e forte de crescimento na tendência de curto prazo, respectivamente. No Sertão Central e Litoral Leste/Jaguaribe há queda ou estabilidade em ambos cenários.

Os pesquisadores alertam que esse cenário deve manter o número de hospitalizações e mortes em patamares elevados. Eles ainda ponderam que a não adoção de medidas mitigadoras pode ocasionar o agravamento do quadro dos episódios de SRAG. Durante o boletim, os especialistas explicam que algumas estatísticas devem ser observados com cautela nas análises, porque alguns dados mais recentes ainda não foram totalmente digitados, entre outras razões.

>> Leia a íntegra do boletim divulgado pela FioCruz: Clique aqui para baixar o PDF.

Média móvel de casos e óbitos chega a patamar mais baixo desde janeiro deste ano, aponta Ministério da Saúde

A média móvel de casos e óbitos chegou ao patamar mais baixo nessa segunda-feira, 2, desde janeiro deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). O órgão federal reconhece que a melhora no cenário epidemiológico do Brasil é consequência da vacinação contra a Covid-19, com cerca de 160 milhões de brasileiros acima de 18 anos. Já são 101 milhões de pessoas com a primeira dose, 63% do total, e 41,5 milhões de pessoas com a segunda dose ou a vacina de dose única, equivalente a 25% do público-alvo da campanha.

A redução no número de casos e óbitos já é observada nas últimas semanas, de forma progressiva, conforme o MS. De 25 de junho a 25 de julho, a média móvel de casos teve queda de 40%. Já quanto ao número de mortes, a redução foi de 42%. Nos últimos quatro meses, houve uma queda 46% na média móvel de casos e de 65% na de óbitos pela Covid-19.

A média móvel de mortes é calculada somando as mortes confirmadas nas últimas 24 horas com as que foram registradas nos seis dias anteriores. Com atualizações recorrentes, a média móvel de casos ajuda os especialistas a avaliarem a situação da pandemia, apontando para o aumento ou a estabilização dos números.

Nas últimas 24 horas, 1.175 mortes em decorrência da Covid-19 foram registradas no País. Os dados foram divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde nesta quarta-feira, 4, às 18 horas. Durante o período, também foram notificados 40.715 novos casos de contágio pela doença. Desde o início da pandemia, o Brasil registra cerca de 20 milhões de casos de contágio, além de acumular 559.607 vítimas fatais da doença.

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