Covid-19: Fortaleza volta a antecipar segunda dose da vacina; confira datas

A Fiocruz, no entanto, manteve recomendação de intervalo de dose semanas para aplicação das segunda dose do imunizante. Outros países também estão usando intervalo menor para uma maior eficácia contra variantes

Fortaleza agendou a aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid-19 de forma antecipada nesta quinta-feira, 22. A mudança pode ser checada no site oficial da gestão municipal, na parte reservada para as informações da pandemia. O tempo de antecipação das datas para completar o esquema vacinal varia entre 15 e 30 dias, conforme relatos recebidos pelo O POVO.

>> Clique para acessar o site da prefeitura e consultar a data da segunda dose

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A prática da gestão municipal, no entanto, não é inédita. No fim de junho, a administração antecipou o agendamento da segunda dose (D2) da vacina AstraZeneca de cerca de 15 mil pessoas. Na ocasião, Erlemus Soares, coordenador da Rede de Atenção Primária e Psicossocial, considerou que o adiantamento das datas acontece por que a segunda dose “é muito importante" para a imunização.

Apesar de outros países recomendarem que o intervalo entre as doses seja reduzido, o Brasil não tem seguido essa tendência.A Fiocruz, responsável pela produção da vacina AstraZeneca no Brasil, manteve a recomendação de 12 semanas para o intervalo entre aplicação das duas doses do imunizante. A intenção das outras nações é tornar a imunização mais efetiva contra novas variantes, como a delta. No Reino Unido, por exemplo, o intervalo foi reduzido de 12 para oito semanas, no caso da Oxford/Astrazeneca.

Como o intervalo afeta a eficácia

O intervalo de 12 semanas foi estabelecido porque a vacina da AstraZeneca parece oferecer melhor proteção quanto maior for o intervalo entre as doses - pelo menos contra o vírus original que emergiu de Wuhan, na China. Contra essa variante do vírus, duas doses de AstraZeneca com menos de seis semanas de intervalo conferiram 55,1% de eficácia contra casos sintomáticos de covid-19, mas alongando esse intervalo para 12 semanas ou mais, a proteção subiu para 81,3%.

Com a segunda dose aplicada de seis a oito semanas após a primeira, a eficácia da vacina contra doenças sintomáticas subiu para 60%; entre nove e 11 semanas, foi para 63,7%. Todos estes dados foram coletados antes do surgimento da variante delta.

A eficácia da vacina é uma medida muitas vezes entendida de forma errada: se uma vacina é 95% eficaz, não significa que 95% das pessoas estão protegidas contra doenças. E sim que um grupo de pessoas que receberam a vacina pode esperar uma redução de 95% no número de casos sintomáticos em relação a um grupo que não recebeu.

(Com informações da agência Deutsche Welle)

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