Mais fiscalização, punições e diálogo são cobrados pelo comércio após lockdown

Fecomércio e FCDL apontam falhas na atuação do governo e sugerem outras medidas

Pegos de surpresa em relação ao lockdown em todo o Ceará, representantes do comércio cearense cobraram atitudes mais enérgicas do Governo do Estado no que diz respeito às fiscalizações e punições para quem promove aglomerações. Os presidentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio-CE) e da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Ceará (FCDL-CE), Maurício Filizola e Freitas Cordeiro, asseguraram que não há foco de contaminação nas lojas do varejo formal e apontaram problemas na atuação do Estado.

"Tem muitas situações, o Estado tem que agir com pouco mais de força nas ilegalidades, nas coisas incorretas e realmente punir. Está na hora de mostrar mais força em relação a isso e não transferir para o setor produtivo uma carga que está sendo muito penosa", criticou o presidente da Fecomércio-CE.

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Ele revelou que o setor enviou um estudo ao governo cearense em que apresenta os casos de Covid-19 no comércio, relacionando com a quantidade de empresas e funcionários. O objetivo é demonstrar como "o comércio formal não é foco de disseminação da doença" e retomar as ações dos grupos de combate à pandemia, cuja atuação é menos intensa desde o ano passado.

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A busca por diálogo também é uma demanda do presidente da FCDL que classifica a decisão do lockdown em todo Ceará como "preocupante". "a sociedade civil não é escutada como deveria ser. Não sendo, não adere (ao lockdown) e a resistência é grande", afirmou.

Os dois criticam a falta de posicionamento dos poderes públicos nas aglomerações clandestinas e citam o transporte público como exemplo clássico. Sem exigir uma frota de ônibus suficiente para dar conta da demanda de trabalhadores e consumidores que voltaram a circular na cidade, os governos viram surgir um problema sério de aglomeração especialmente na Capital.

Assista ao vídeo em que o governador comunica o novo decreto em todo o Ceará:


"O que foi feito do início da pandemia até agora sobre resolução para o transporte público? Como voltou a esse descontrole? Não fomos nós do comércio. Não fomos nós que fomos candidatos à eleição, foram os políticos que fizeram seus comícios, aglomeraram. No fim de ano? Não é função nossa estar vigiando festa clandestina", criticou Filizola.

Sobre solução para a atual situação, Freitas Cordeiro cita possibilidade de atuação diferentes da adotada pelo governo na noite de ontem, 11, como "colocar atividades em horários alternados, com comércio em um horário, indústria em outro, evitando aglomeração nos terminais, e domingo fecha todo mundo".

Sem alternativas semelhantes a esta, os dois líderes empresariais defendem uma baixa tremenda no rendimento das empresas, aumento do desemprego no Ceará e nenhum tostão para os cofres públicos arrecadarem

 

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