Madonna critica Trump em defesa da memória das vítimas da Aids
No Dia Mundial de Luta contra a Aids, a artista americana classificou como "ridícula e impensável" a retirada da data do calendário dos Estados Unidos
No Dia Mundial de Luta contra a Aids, celebrado nesta segunda, 1º, Madonna voltou a usar sua voz para defender a memória das vítimas da doença e criticar a decisão do governo Donald Trump de retirar a data do calendário oficial dos Estados Unidos.
Em uma publicação nas redes sociais, a cantora de 67 anos lamentou o apagamento institucional de um marco reconhecido globalmente desde 1988 e recordou a morte de seu amigo Martin Burgoyne, que perdeu a vida para a Aids aos 23 anos.
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A artista afirmou que a decisão do presidente americano representa uma tentativa de fazer o país “fingir que o dia nunca existiu”, algo que classificou como “ridículo e impensável”.
Madonna e o Dia Mundial de Luta contra a Aids
No texto, Madonna mencionou o impacto pessoal da epidemia em sua trajetória.
“A lista de pessoas que conheci, amei e perdi para a Aids é bem longa. Tenho certeza de que muitos de vocês podem se identificar. Ainda não existe cura, e pessoas continuam morrendo. Eu me recuso a aceitar que essas vidas foram em vão”, escreveu.
A cantora também relembrou Burgoyne, seu melhor amigo na juventude, e o momento em que o acompanhou em seus últimos instantes.
“Aposto que ele nunca viu um amigo morrer de Aids , segurou sua mão e viu o sangue sumir do rosto enquanto dava o último suspiro aos 23 anos”, afirmou, dirigindo-se a Trump.
Engajada no tema há décadas, Madonna reforça anualmente a importância do 1º de dezembro. Em 1989, incluiu uma cartilha sobre prevenção ao HIV dentro do álbum “Like a Prayer”, gesto considerado pioneiro no enfrentamento à desinformação.
Desde então, tem usado sua visibilidade para ampliar discussões, homenagear vítimas e apoiar políticas de saúde.