Metanol é detectado no sangue do rapper Hungria, diz novo laudo

Metanol é detectado no sangue do rapper Hungria, diz novo laudo

Ministério da Saúde havia negado contaminação, mas exame independente identificou metanol no sangue do rapper Hungria
Atualizado às Autor Carolina Passos Tipo Notícia

A assessoria do rapper Hungria informou, nesta terça-feira, 7, que exames laboratoriais confirmaram a presença de metanol no sangue do cantor.

O resultado contradiz a declaração feita pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que havia afirmado um dia antes que não havia indícios da substância nos testes realizados.

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Segundo o comunicado oficial, o exame foi feito pelo Laboratório Richet, da Rede D’Or, e liberado em 6 de outubro. O resultado apontou 0,54 mg/dL de metanol no sangue — valor acima do limite de referência, que é de até 0,25 mg/dL.

Apesar disso, o índice representa apenas 2,7% da concentração mínima para que uma intoxicação seja oficialmente diagnosticada, de acordo com parâmetros médicos (a partir de 20 mg/dL).

A assessoria do artista afirma que o resultado confirma exposição à substância e que a equipe médica aguarda os exames de contraprova. Com base no novo laudo, o caso volta a ser considerado suspeito de intoxicação por metanol, mesmo após o Ministério da Saúde ter retirado o nome do cantor da lista de ocorrências no Distrito Federal.

Até a tarde desta terça, os órgãos oficiais não haviam esclarecido o motivo da divergência entre os resultados.

Hungria internado após tomar bebida supostamente adulterada

Hungria foi internado em Brasília no fim de setembro, após apresentar sintomas compatíveis com intoxicação por álcool adulterado. Ele recebeu tratamento com antídoto e passou por hemodiálise precoce, segundo informou o médico responsável, Leandro Machado.

O cantor permaneceu internado por quatro dias e já recebeu alta hospitalar. De acordo com a equipe médica, o artista respondeu bem ao tratamento e segue em boa recuperação, retomando gradualmente sua agenda de shows.

O metanol é uma substância tóxica usada na composição de solventes, combustíveis e produtos industriais, mas que não deve estar presente em bebidas alcoólicas. A ingestão acidental ou por meio de bebidas clandestinas pode causar graves danos à saúde, como cegueira, insuficiência renal e até morte.

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O comunicado divulgado pela assessoria de Hungria reforça que a suspeita de contaminação está associada à ingestão de uma bebida possivelmente adulterada.

“O artista recebeu tratamento conforme protocolo médico para intoxicação por metanol, incluindo o uso de antídoto e hemodiálise precoce, medidas fundamentais para sua excelente evolução clínica”, diz o texto.

Em nota, a equipe do cantor informou que ele “está em boa recuperação e permanece em acompanhamento médico”. A assessoria de imprensa do artista disse ainda estar à disposição para eventuais esclarecimentos.

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