Giorgio Armani: os homens agradecem e os coaches se orgulham

Giorgio Armani: os homens agradecem e os coaches se orgulham

Estilista e empresário italiano, Giorgio Armani deixa um legado movido à criatividade, ousadia e zelo

Pensar fora da caixa. Ir além do que está sendo feito. Imaginar, inovar, (re)criar. Sair da zona de conforto. Expressões tão ouvidas e lidas que podem ser clichês, mas também trazem algumas verdades. O celular que usamos, o carro que dirigimos e a casa que moramos não existiriam se outras pessoas não tivessem ido além do que era visto e produzido. No vestuário, a premissa é a mesma. E mais um ícone que revolucionou a moda e os negócios relacionados à ela deu adeus às passarelas nesta quinta-feira, 4 de setembro.

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Giorgio Armani, um italiano filho de contador, ex-estudante de medicina e ex-militar, morreu em Milão, e deixou algumas lições que ultrapassam o que é possível ver em ensaios, desfiles e vitrines.

Aos 41 anos, lançou a marca que ainda hoje leva seu nome, ao lado do companheiro de vida, o arquiteto Sergio Galeotti. O diferencial - o tal “fora da caixinha”, eram seus soft suits.

Basicamente, Giorgio Armani apostou no tão atual menos é mais: desestruturou o blazer, retirou tecido extra do forro, desenvolveu uma nova modelagem e apostou em novos caimentos e cortes de calças.

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Na cartela de cores, tons nunca antes usados em roupas formais. Basicamente, tornou possível que os ternos ficassem mais confortáveis, leves, minimalistas, joviais e modernos.

O legado de Giorgio Armani

E foi além. Armani teve visão de mercado e não temia ser ousado. Consolidou seu nome e criou outras marcas, para públicos diferentes. Assim, um nome associado ao luxo permitiu que um dos meus primeiros perfumes “de marca” fosse um Armani Code, que ainda está marcado na minha memória olfativa.

O sobrenome italiano pode ser visto não só nas roupas masculinas, mas nas femininas e infantis, em móveis, cosméticos, acessórios, moda íntima, fragrâncias, restaurantes, hoteis e até no esporte - era dono do time de basquete Olimpia Milano.

Foram mais de 100 figurinos do cinema assinados por ele, sendo John Travolta e Richard Gere alguns de seus primeiros divulgadores. E não tem como esquecer de campanhas icônicas, como David Beckham e Cristiano Ronaldo (apenas) de cueca.

Aos 91 anos, o último desfile da marca, na Semana de Moda de Milão, foi o único que não contou com a presença do empresário. Mas dizem por aí que ele roteirizou absolutamente tudo.

Resta saber se os herdeiros, familiares e colaboradores próximos, que o próprio Giorgio citou há pouco tempo como sucessores, terão o mesmo tino criativo. Se o estilista foi tão bom professor quanto criador, o legado com certeza será mantido.

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