Pssica: qual a história da série brasileira da Netflix?

Seguindo o embalo de séries de terror, true crime e dramas intensos, a Netflix lançou “Pssica” em 20 de agosto.

A minissérie brasileira de suspense, com 4 episódios, já figura entre os top 10 mais assistidos da plataforma. A seguir, descubra qual a história da série:

Inspirada no livro homônimo do escritor e jornalista paraense Edyr Augusto, publicado em 2015, “Pssica” fala sobre problemas sociais que atingem a região da Amazônia.

Dirigida por Fernando Meirelles e Quico Meirelles, as cenas foram filmadas majoritariamente em Belém, no Pará, e nos rios amazônicos. 

A temporada possuí quatro episódios, com cerca de 50 minutos cada, disponíveis na Netflix.

Qual a história de Pssica?

Ambientada na região Norte do Brasil, a trama segue três desconhecidos que acabam se encontrando pelas margens do rio Amazonas. Unido pelas circunstâncias, eles acreditam que estão sob a maldição de pssica, e tentam sobreviver juntos.

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A história começa com o vazamento de um vídeo íntimo da jovem Janalice (Domithila Catete), que leva ao rompimento com os pais. Levada a morar na casa da tia, ela sofre assédio do namorado da parente e tenta escapar da violência.

Jana acaba sendo sequestrada pela gangue de Preá (Lucas Galvino) e é anunciada a venda em um leilão clandestino por Philippe Soutin.

Preá é chefe de um grupo de criminosos que atuam nos rios do Pará, os “ratos d'água”. Apesar de ter sido o responsável pelo sequestro de Jana, ele enfrenta dilemas morais sobre salvar a jovem.

Outra camada do personagem são as disputas de poder dentro de sua própria gangue, especialmente com Gigante, que o desafia.

Ao mesmo tempo, a colombiana Mariangel (Marleyda Soto) está em busca de justiça pelo assassinato de sua família: filho e marido foram mortos pela gangue de Gigante.

Durante seu plano de vingança, encontra Amadeu, ex-policial e padrinho de Janalice, que investigava o desaparecimento da jovem.

Pssica é baseada em uma história real?

Os personagens da série e do livro são fictícios, porém, Edyr Augusto conta que Pssica aborda um problema real que acontece na Amazônia e no mundo todo: o tráfico de pessoas.

Para escrever Pssica, Edyr colecionou recortes de jornais durante dois anos com notícias sobre tráfico de escravas brancas. O autor aproveitou para falar de uma realidade local que são os “ratos d’água”, criminosos que atuam pelos rios amazonenses.

“É um livro super pesado, eu sempre estou atrás de pessoas comuns que recebem golpes muito violentos e precisam reagir”, conta.

Pssica: adaptações do livro para a série

Para adaptar uma história tão gráfica, foi necessário fazer alguns ajustes, como explica Fernando Meirelles:

“Se a gente transpusesse o livro para tela, para imagens, seria insuportável. Ninguém iria assistir, na verdade, nem seria produzido, porque realmente é muito brutal”.

A escolha foi manter a história no roteiro, mas filmá-la de maneira mais sutil.

Outro esforço que a equipe de roteiro, liderada por Bráulio Mantovani, indicado ao Oscar por Melhor Roteiro Adaptado de Cidade de Deus, fez para adaptar o livro, foi desenvolver a personalidade dos personagens.

“A prosa do Edyr Augusto é uma metralhadora. Ele usa muita ação o tempo inteiro, acontece uma coisa atrás da outra, você não consegue parar de ler. O que por um lado, é sensacional pra embarcar na trama. Mas, por outro lado, não dá tempo de psicologizar muito os personagens”, conta o diretor Quico Meirelles.

Para ele, o maior trabalho foi tentar criar a subjetividade das personagens, “achar o que cada um está sentindo em qual momento, e como que eles se relacionam, como que eles constroem a
relação deles com o mundo”.

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