Cantora Kell Smith fala sobre saúde mental em seu novo EP "Vivendo"

Novo EP de Kell Smith tem três músicas que abordam temas sobre autoamor e saúde mental. Faixas estão disponíveis nas plataformas digitais

“O mundo não vai acabar/ nem que a gente queira/ Não esquece de respirar/ que a vida é ladeira/ Um pouco mais devagar/ pra evitar se ferir/ Acalma esse seu coração/ é mais sobre deixar fluir”. Em uma sociedade que retoma as atividades econômicas, após 85% dos jovens fortalezenses indicarem uma piora em sua saúde mental durante a pandemia, as novas composições da cantora e compositora Kell Smith dialogam diretamente com o contexto atual. O EP “Vivendo”, composto por três músicas, foi lançado nesta sexta-feira, 29, e está disponível nas plataformas digitais.

A faixa-título, cantada em parceria com padre Fábio de Melo já havia sido divulgada com videoclipe. A letra é uma maneira de levar conforto aos ouvintes: “Eu só não vou parar/ Porque tem muita vida pra acontecer/ Não vou parar/ De alguma forma vejo um amanhecer”. “Quando ‘Vivendo’ nasceu, e eu escutei aquela música, não consegui pensar em mais ninguém para dividir essa mensagem a não ser ele... Quem o acompanha e tem a amizade dele sabe que é, com certeza, a melhor pessoa para falar sobre acolhimento, autoconhecimento, vulnerabilidade e escolher viver”, diz a artista em entrevista ao O POVO.

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Já a segunda obra é “Ansiedade”, que leva um nome autoexplicativo. “É uma música que, como o nome já denuncia, fala sobre ansiedade, é um mantra para ansiosos”, explica. A última produção é “Faça um Bom Dia”, em que contraria a necessidade de demonstrar alta produtividade durante o cotidiano. “Bom dia pra você que não tem tempo pra pensar porque pensar exige tempo e você já tem que enfrentar o dia/ A rotina é a roda/ é preciso ser um rato selvagem, eu diria / Para os que querem que você só exista, viver é um ato de extrema rebeldia / Por isso sonhe, acorde, escolha a vida”, canta.

Kell Smith comenta que, desde o início de sua carreira, se propunha a falar sobre saúde mental. Seu segundo álbum de estúdio “Velho e Bom Novo” (2020) é um exemplo dessa tentativa de discutir sobre a mente em todas as plataformas que consegue alcançar. “Quando eu escrevi ‘Vivendo’ e logo dividi com padre Fábio, o assunto ficou repercutindo muito dentro de mim. Falar sobre saúde mental é, na verdade, uma bandeira que eu levanto há muito tempo, desde o início da minha carreira”, pontua.

Para ela, é importante tratar de um assunto que envolve tantas pessoas, mas que continua negligenciado. “Eu acho esse assunto tão urgente e, ao mesmo tempo, tão negligenciado. Por isso, quis propor esse diálogo. Então nasceram duas outras músicas, ‘Ansiedade’ e ‘Faça um Bom Dia’, que faz parte do mesmo propósito de ‘Vivendo’, que fala sobre saúde mental e autoconhecimento”, reflete.

A cantora acredita que tratar dessas questões e trazer mensagens positivas são maneiras de promover o mínimo de equilíbrio no momento em que a sociedade brasileira vive. “São tantas notícias ruins, tantas energias ruins… É uma energia caótica ao redor da gente, em diversos segmentos diferentes, em diversas áreas da nossa vida. A gente está vendo tudo isso acontecer, então é importante ter o impacto positivo. É importante se sentir acolhido e acolhida para poder alimentar sua esperança”, afirma.

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