Robôs bailarina e rapper levam alunos à Olimpíada de Robótica

Robôs bailarina e rapper levam alunos à Olimpíada Brasileira de Robótica

Estudantes de escola pública do Espírito Santo criam robôs com dança e rimas e conquistam vagas em etapa nacional. Saiba como surgiu o projeto

Com criatividade e trabalho em equipe, estudantes da Escola Manoel Mello Sobrinho, em Cariacica, cidade do Espírito Santo, criaram robôs inspirados no balé e nas batalhas de rima.

O talento rendeu duas premiações e a classificação para a etapa nacional da Olimpíada Brasileira de Robótica, que acontece em outubro, em Vitória.

Criatividade que inspira: uma bailarina de engrenagens

No bairro Vila Palestina, em Cariacica, a imaginação dos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Manoel Mello Sobrinho ganhou forma com fios, sensores e muita dedicação.

A robô-bailarina, criada por quatro estudantes do 9º ano, conquistou o 2º lugar na categoria artística da etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR).

Ela também garantiu vaga na fase nacional, que será realizada entre 14 e 19 de outubro de 2025, no Centro de Inovação do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em Vitória, capital do estado.

A ideia nasceu da paixão da aluna Letícia Dias, que faz aulas de balé em um projeto da própria escola. “Juntei meu amor pelo balé e pela robótica, e tivemos a ideia de fazer uma bailarina robô. Encantamos a todos na apresentação, e foi muito especial para nós”, contou ela ao g1 Espírito Santo.

Letícia trabalhou ao lado dos colegas José Viana dos Santos da Silva, Asafe Vicente e Dayara Bonomo, que adaptaram um modelo de robô pinguim do livro didático para criar a versão dançante.

O robô rapper e as rimas do recreio

A criatividade também se manifestou em outro projeto: o robô rapper, inspirado nas batalhas de rima realizadas no recreio da escola. A professora de robótica Marília Santiago teve a ideia de transformar a brincadeira em um experimento tecnológico.

“Eu já conhecia o Isaac, que fazia batalhas de rima no recreio. Então criamos uma apresentação com ele e o robô. Como o kit não tinha saída de som, gravamos as rimas e programamos os movimentos. Foi um projeto criado do zero”, explicou a docente.

A equipe, formada por alunos do 6º ao 8º ano, conquistou o 3º lugar na categoria artística da OBR estadual. 

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Como iniciou o projeto

Segundo o g1, o projeto de robótica da escola começou em maio, quando a Prefeitura de Cariacica distribuiu kits tecnológicos às unidades municipais.

Desde então, as aulas passaram a ser ministradas no contraturno pela professora Marília, antes responsável pela disciplina de Ciências.

“Eles estudam de manhã e ficam à tarde para a robótica. Nossa escola não é de tempo integral, mas o interesse é enorme. O trabalho em equipe e a criatividade dos alunos têm sido surpreendentes”, destacou a professora.

Com a classificação garantida, os alunos já planejam as próximas apresentações. A robô-bailarina voltará aos palcos em outubro, mas dessa vez acompanhada de novos personagens: um robô saxofonista e mais duas bailarinas robóticas vão reforçar a coreografia.

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