Dengue: quais remédios evitar e quais usar para tratar sintomas

Com o aumento de casos da arbovirose, vale saber o que pode ser utilizado ou não durante o tratamento dos sintomas de dengue, além de possíveis efeitos

São 550 mil casos prováveis, 381 óbitos em investigação e 94 mortes confirmadas; todos referentes à dengue em 2024. Os dados, apresentados pelo Ministério da Saúde, representam os números de uma doença que vem preocupando os brasileiros no último ano.

Em meio às técnicas de prevenção aos sintomas, como o uso de repelente e o alerta para uso de telas em janelas, uma voz apressada pode chegar à mente dos mais curiosos: “este medicamento é contraindicado em caso de suspeita de dengue”.

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O aviso se refere aos medicamentos da classe dos salicilatos e anti-inflamatórios. Estes são contraindicados por sua capacidade de irritar o estômago e, na vigência da dengue, predispor hemorragia digestiva.

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Dengue: quais medicamentos evitar?

A médica Fernanda Raquel Prado Barros, pós-graduada em Saúde da Família, destaca alguns exemplos de medicações que não devem ser usadas em casos suspeitos e confirmados da dengue:

  • Aspirina (AAS)
  • Ibuprofeno
  • Nimesulida
  • Cetoprofeno
  • Diclofenaco
  • Naproxeno
  • Meloxicam
  • Piroxicam
  • Prednisona
  • Dexametasona
  • Hidrocortisona

“A parte mais importante do tratamento da dengue é a hidratação, que pode ser feita de forma oral, nos casos mais leves, ou endovenosa, na forma hemorrágica ou grave”, destaca a profissional.

Dengue: quais medicamentos usar?

Como uma arbovirose (virose disseminada por um mosquito. No caso específico, o Aedes aegypti), a dengue envolve sinais clínicos, elencados por Raquel Prado como febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, náuseas, indisposição, fraqueza e até sintomas respiratórios.

Para os sintomas de dor e febre, as medicações com o uso liberado são o paracetamol e a dipirona, exceto por pacientes que sejam alérgicos a esses medicamentos.

O sinal de alerta para as formas mais graves da dengue pode começar a soar em casos de:

  • vômitos insistentes,
  • dor abdominal intensa,
  • desmaio ou quase desmaio, e
  • sangramentos de mucosas, mais comumente da gengiva.

Dengue: existe prevenção?

“Até pouco tempo, a prevenção se dava apenas com medidas de proteção contra os mosquitos, mas em março de 2023 a Anvisa aprovou a vacina para dengue, que segue critérios diferentes de indicação na rede pública e particular”, explica a médica sobre a novidade.

Conforme o Ministério da Saúde, a população também pode fazer a sua parte:

  • Uso de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
  • Remoção de recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
  • Vedação dos reservatórios e caixas de água;
  • Desobstrução de calhas, lajes e ralos;
  • Participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue, executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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