Elmano sobre indicação ao Senado: "Não quero levar para o voto nem na aliança, imagine no PT"
Governador afirmou que candidaturas majoritárias dependem de fatores específicos; Guimarães já afirmou que iria para a disputa voto a voto se for necessário
O governador Elmano de Freitas (PT) afirmou esperar que o debate sobre os nomes que irão compor a chapa governista em 2026 não provoque rupturas na base aliada. Mesmo diante de muitos pré-candidatos ao Senado, ele não descartou a possibilidade de novos nomes surgirem.
Durante visita ao O POVO, ele foi questionado sobre a possibilidade do PT deliberar internamente se o deputado federal José Guimarães (PT) deverá ser um dos candidatos ao Senado. Guimarães já chegou a afirmar que não abre mão da indicação e que iria para a disputa nas instâncias partidárias, caso seja necessário.
“Eu prefiro que a gente tenha unidade. Não quero levar para o voto nem dentro da aliança, imagine dentro do PT. Acho que nenhum pré-candidato vai dizer que não é candidato, que não vai até o final lutando pela sua candidatura, mas todos nós sabemos que candidatura majoritária é um conjunto de fatores”, explicou.
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Guimarães e o processo de escolha
Em outubro, o líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, o deputado José Guimarães, afirmou em entrevista ao podcast Jogo Político, do O POVO, que, se necessário, levará a disputa pela indicação voto a voto dentro do partido para viabilizar a própria candidatura ao Senado.
Elmano citou parte dos aliados que são cotados para ocupar vaga na chapa governista. “Pode ser o Guimarães? Pode ser o Guimarães. Pode ser o Eunício? Pode ser o Eunício. Pode ser o Chiquinho? Pode ser o Cid? Pode ser, podem ser vários candidatos”, listou o governador.
O petista lembrou que, assim como ocorreu na escolha do candidato a governador em 2022 — quando vários nomes eram cotados e o dele acabou prevalecendo —, o cenário para o Senado também pode surpreender, inclusive com a chegada de um nome que, hoje, não está entre os especulados.
“Nós tínhamos vários candidatos ao governo, acabou sendo Elmano de Freitas. E pode ser outro candidato ao Senado. Então, o que eu penso é que nós já aprendemos que candidatura majoritária é resultado de muitas circunstâncias no momento da decisão, não é antes do período (eleitoral), é no momento da decisão. Os candidatos da oposição, a mesma coisa”, afirmou.
Segundo o governador, a definição da chapa levará em conta, entre outros fatores, o desempenho das gestões estadual e federal no período pré-eleitoral.
“Temos vários nomes. Qual vai ser? Ninguém, na verdade, sabe, porque às vezes acontecem fatos políticos. Evidentemente, uma situação é o Lula estar muito bem. Mas eu chegar na eleição, lá para junho, julho, como vai estar a avaliação do governador Elmano? Como vai estar a avaliação do presidente Lula? Isso tudo interfere na decisão”, finalizou.