Luizianne se recusa a assinar documento de deportação de Israel

Luizianne Lins se recusa a assinar documento de deportação e segue detida em prisão israelense

Deputada considerou o documento abusivo. Ela está presa na penitenciária de Ketziot, no sul de Israel. Quatro brasileiros assinaram o documento e um quinto manifestou intenção, mas ainda não o fez
Atualizado às Autor Mariana Lopes Tipo Notícia

A deputada federal cearense Luizianne Lins (PT) se recusou a assinar o documento de deportação acelerada oferecido pelas autoridades israelenses e permanece detida na prisão de Ketziot, no deserto de Negev, sul de Israel.

Segundo a advogada que acompanha a delegação, Luizianne considerou o documento abusivo e decidiu não assinar, "estando em solidariedade e unidade com os demais membros da delegação brasileira que não assinaram o documento".

Em nota enviada a imprensa, foi informado que decisão da parlamentar considerou sua "trajetória na defesa dos direitos humanos". Luizianne "entendeu que sua responsabilidade ia além de sua própria situação", afirma a nota.

A assessoria de Luizianne explicou ao O POVO que o documento seria a admissão de tentativa de entrar ilegalmente em Israel. "Ao assiná-lo, o participante reconhece formalmente uma culpa inexistente, assumindo a responsabilidade por um crime que não cometeu, já que a interceptação da flotilha ocorreu em águas internacionais e dentro de uma missão humanitária", informou a assessoria.

A parlamentar integra a delegação brasileira da flotilha humanitária Global Sumud Flotilla, interceptada por forças israelenses em águas internacionais enquanto transportava alimentos e medicamentos para a Faixa de Gaza.

Apesar da recusa em assinar, Luizianne deverá ser deportada mesmo assim. Agora, por via de um processo de deportação. A tendência é que ocorra em poucos dias.

O primeiro integrante da delegação brasileira detido em Israel foi deportado do país após participar da Global Sumud Flotilla. Nicolas Calabrese foi deportado para a Turquia com os custos de passagem pagos pelo consulado italiano em Israel, segundo informações divulgadas por grupos de apoio aos ativistas.

Os brasileiros da Flotilha Global Sumud, receberam assistência de diplomatas da Embaixada do Brasil em Israel e de outros países nesta sexta-feira, 3, após dois dias da intercepçãopelas forças armadas.

Segundo documento do Itamaraty, a todos os ativistas foi facultada a assinatura de documento que facilita e acelera o processo de deportação. "Quatro brasileiros já assinaram o documento e um quinto brasileiro manifestou intenção de assiná-lo, mas ainda não o fez".

A Flotilla confirmou que cinco brasileiros declararam estar em greve de fome contra o governo israelense. São eles: Ariadne Telles, Bruno Gilga, João Aguiar, Thiago Ávila e um outro integrante não identificado.

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