Mesa da Assembleia autoriza deputado Carmelo a usar sobrenome 'Bolsonaro'
A procuradoria da Casa deu parecer contrário para que o deputado usar como nome Carmelo Bolsonaro. Mesmo assim, a mesa diretora concedeu a permissão de forma unânime
A mesa diretora da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) aprovou nesta quarta-feira, 13, a troca de nome parlamentar do deputado Carmelo Neto (PL) que passará a ser Carmelo Bolsonaro. A decisão foi unânime.
A procuradoria-geral da Alece recebeu a solicitação do bolsonarista por meio do Departamento Legislativa e encaminhou parecer para indeferir a alteração no nome. A palavra final caberia a Mesa Diretora, que decidiu em favor do Carmelo. A informação foi antecipada na coluna no OPOVO+.
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No parecer do procurador-geral da Casa, Rodrigo Martiniano, ele afirma que o deputado não apresentou no documento enviado nenhuma justificativa que fundamente a mudança do nome.
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Na manifestação, ele destaca que não há amparo no regimento interno para tal alteração, uma pois não existe correspondência entre o sobrenome Bolsonaro e a sua identidade como deputado, uma vez que Carmelo nunca adotou esse nome, seja em eleições ou nas redes sociais.
"O nome sugerido não foi utilizado em pleitos, a legislação eleitoral exige que o nome adotado seja amplamente conhecido, o que não se verifica no presente caso", diz o procurador.
Quando enviou a solicitação Carmelo foi às redes sociais e afirmou a alteração não foi para "aparecer", mas sim um ato simbólico para reforçar qual lado político ele está.
"Eu escolhi carregar o nome não de um bandido, mas de um homem que está sendo perseguido, preso sem julgamento graças a uma canetada de um juiz tirano. Esse meu gesto é cheio de significado, de lealdade, de resistência e solidariedade", declarou.