Mauro fala em mediação ao assumir vice-liderança de Lula: "Quanto menor for a divergência"

O deputado vem se equilibrando entre lados após o racha que passou o PDT e os irmãos Ferreira Gomes, Ciro e Cid

Agora no posto de vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, o deputado Mauro Filho (PDT) ressaltou que pretende trabalhar no diálogo entre PT e PDT para “quem sabe trocando melhor as conversas vindo daqui ali que caminhem politicamente”. O parlamentar participou nessa sexta-feira, 24, do programa Guia Econômico da Rádio O POVO CBN e conversou logo em seguida com O POVO.

Questionado sobre se sua indicação daria indícios de uma aproximação entre as siglas, ele lembrou que, nacionalmente, o PDT faz parte do governo, com um ministério, o da Previdência, com Carlos Lupi (PDT), e é parte da base governista. Em tom conciliador, ele ressaltou ter conversado com o ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) e com o governador Elmano de Freitas (PT), informando a ambos que estaria assumindo o cargo. Na manhã desta sexta-feira, 24, ele recebeu uma ligação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

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“Eu espero que isso possa quem sabe trocando melhor as conversas, vindo daqui ali, que caminhem politicamente. Não sou muito bom nessa área de articulação política, economia eu falo mais ou menos. Essa questão política passa por outras pessoas aqui no Estado, acho que quanto menor for essa divergência, melhor para o Ceará e para o Brasil”, ressaltou.

Ao longo de 2023, o PDT viveu dias de crises e brigas acaloradas. Em meio a tentativas de trocar a presidência do partido, Mauro tentou se equilibrar entre seus aliados históricos: Ciro e o irmão, o senador Cid Gomes (PSB), rachados desde 2022. Uma divergência política que tomou contornos pessoais e familiares.

Ele esteve presente na eleição do partido que escolheu o senador como presidente do diretório do PDT no Ceará, sendo inclusive eleito tesoureiro-adjunto. A chapa foi destituída em queda de braço com André Figueiredo. Esteve também em outras reuniões de aliados de Cid. Além disso, integrou a comissão para negociar com partidos para os quais poderiam migrar.

No fim da história, Cid e prefeitos aliados deixaram o PDT. Parte dos deputados estaduais da sigla estão na Justiça para poderem fazer o mesmo, enquanto a bancada federal não se movimentou nesse sentido, com o entendimento de esperar mais ou aguardar até a próxima janela partidária. Para Mauro, o clima “está bom” internamente entre a bancada cearense do PDT.

“Eu fui procurando ocupar esse espaço, essa confiança que me foi designado, confiança do meu partido, o líder do meu partido, primeiro o André (Figueiredo), hoje o Afonso Motta (PDT-RS) que também me designava para isso. O clima está muito bom, está muito bom mesmo. Eu aprendi com o meu pai (o ex-senador Mauro Benevides) que quanto mais você puder fazer convergência é melhor. Você potencializa determinadas ações que eram mais difíceis de serem feitas ou alcançadas”, apontou.

 

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