Aliados de RC aguardam convite para posse de Cid na presidência do PDT

A ala do ex-prefeito disse ter sido surpreendida com o acordo que mudou a presidência do PDT

Parlamentares ligados ao ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), não são presença confirmada na posse do senador Cid na presidência do PDT e aguardam convite para a reunião. O evento está marcado para a quinta-feira, 13, na sede da legenda em Fortaleza, conforme anunciado pelo colunista do O POVO, Eliomar de Lima.

Um dos parlamentares ouvidos pelo O POVO afirma que não foi chamado para o encontro, mas ressaltou que poderá ir caso haja o convite. ”Se me chamarem, eu vou”, afirmou.

Hoje, o ex-prefeito é próximo da maioria dos vereadores da Câmara Municipal (CMFor), três dos dez deputados estaduais e do prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT). A preço de hoje, nenhum dos nomes ligados a ele confirmam presença no evento.

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Conforme apurado, o convite não chegou nem aos deputados que compõem a bancada estadual da legenda na Assembleia Legislativa (Alece). Pelo histórico do racha, há um sentimento de “invasão” caso seja feito um convite formal.

No encontro, o atual presidente, deputado federal André Figueiredo (PDT) deve oficializar sua licença para que Cid (vice-presidente) assuma. O senador ficará no cargo até meados de novembro, já que, no início de dezembro, há a previsão de uma nova eleição para a executiva estadual onde Figueiredo deve ser reeleito presidente. Sua manutenção no cargo em 2024 foi um dos termos do acordo que colocará Cid, temporariamente à frente da sigla.

A troca foi acertada sob a justificativa de apaziguar o partido e preparar o terreno para as eleições municipais de 2024. Na disputa interna que rachou o PDT, o grupo ligado a Cid defende que o partido seja base do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT). Outro grupo, ligado a Figueiredo, ao ex-ministro Ciro Gomes e a RC defende a tese do PDT na oposição. 

A ala do ex-prefeito disse ter sido surpreendida com o acordo diante de um histórico de embates entre as alas. A tendência vinha de diversas defesas públicas para que Figueiredo não cedesse o cargo. Segundo deputados ouvidos em momentos após a oficialização do entendimento, não houve consulta e os termos só foram comunicados após acerto. 

O arranjo também tem como condição que Cid articule para que Elmano receba Sarto para debater e fortalecer a relação institucional entre governo e prefeitura, algo que pedetistas de Fortaleza têm cobrado reiteradamente.

O acordo foi encaminhado em reunião no fim da quarta-feira, 5, em que Cid, Figueiredo, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, e o presidente da Fundação Leonel Brizola, Manuel Dias, estiveram presentes. Parlamentares ligados a Cid afirmam que ainda na segunda o senador já tinha proposto a mudança. 

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