Além de Ribeiro, veja outros ministros da Educação que foram demitidos no governo Bolsonaro

O Ministério da Educação também já foi alvo de polêmicos com Ricardo Vélez, Abraham Weintraub e com Carlos Alberto Decotelli, que saiu do posto antes mesmo de assumir

O Ministério da Educação passa por mais uma crise com o pedido de demissão, nesta segunda-feira, 28, do atual titular, Milton Ribeiro. No entanto, não é a primeira vez que a pasta passa por situações complicadas e polêmicas que acarretaram no afastamento de cargos de alto escalão. 

Ricardo Vélez

A primeira crise aconteceu com o primeiro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, demitido em abril de 2019. O afastamento do colombiano do MEC já tinha sido sinalizado pelo presidente Jair Bolsonaro com jornalistas. “Está bastante claro que não está dando certo. Na segunda-feira, vamos tirar a aliança da mão direita, ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta", comentou. 

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

Com pouco mais de três meses na função, Ricardo colecionou polêmicas e recuos, que foram desde a negação sobre a ditadura militar no Brasil, passando pela proposta de revisão dos livros didáticos, até a solicitação de que crianças fossem filmadas cantando o Hino Nacional nas escolas públicas e particulares do País.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou a saída do ministro em seu Twitter. Quem entrou no lugar foi Abraham Weintraub.

Abraham Weintraub

Weintraub foi alçado ao posto de ministro da Educação em 8 de abril de 2019, no lugar de Ricardo Velez Rodrigues. No entanto, em junho de 2020, ele saiu do cargo. O ex-ministro acumulou desgastes com o Supremo Tribunal Federal (STF) desde a divulgação de sua participação em reunião do dia 22 de abril em que ele se mostra defendendo a prisão de todos os ministros da Suprema Corte.

Na gravação, Weintraub defendeu "acabar com essa porcaria que é Brasília" e falou até em prisão dos ministros do Supremo. "Eu por mim colocava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF", diz o ministro, na época, um dos mais próximos ideologicamente do presidente. Abraham participou de uma manifestação de apoiadores de Bolsonaro, em Brasília, e foi gravado reiterando o mesmo discurso.

O ex-ministro é investigado em inquérito sobre fake news, que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), e também responde uma apuração na Corte por racismo por ter publicado um comentário depreciativo sobre a China.

Em post em rede social que anuncia sua saída da Educação, o economista publicou um vídeo em que aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Ele lê um texto, depois Bolsonaro pede a palavra e os dois terminam o vídeo se abraçando. 

Após estadia em Washington, capital dos Estados Unidos, desde junho de 2020, o ex-ministro da Educação retornou ao Brasil neste ano. Ele é pré-candidato ao governo de São Paulo pelo Brasil 35. Hoje ex-bolsonarista, ele deve concorrer com o atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, indicado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro. 

Carlos Alberto Decotelli 

De perfil mais moderado que seu antecessor, Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestre pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), doutor pela Universidade de Rosário (Argentina) e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha. Sucessor de Weintraub, seu nome foi divulgado nas redes sociais por Bolsonaro. 

Porém, antes mesmo de assumir o posto, Decotelli enviou carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro, em junho de 2020. A polêmica aconteceu após algumas instituições, como a Universidade do Rosário (Argentina) e a Universidade de Wüppertal (Alemanha), negarem a conclusão de doutorado e pós-doutorado, que constava em seu currículo.

A Faculdade Getúlio Vargas (FGV) também indicou que Decotelli não fez parte do time de professores e pesquisadores da instituição. O seu mestrado também foi questionado, pois denúncias em redes sociais indicavam plágios na dissertação. A questão teria irritado Bolsonaro. 

 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

MEC demissões governo Bolsonaro Educação

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar