"Acho que quem vai ficar sou eu", diz Chiquinho Feitosa sobre disputa com Wagner pelo comando do União Brasil

Chiquinho Feitosa vai tomar posse no Senado, assumindo como suplente a vaga de Tasso Jereissati, que entrará de licença.

Em entrevista à Rádio O POVO CBN, nesta segunda-feira, 25, o presidente do Democratas (DEM) no Ceará, Chiquinho Feitosa, falou a respeito da disputa no estado pelo comando do partido União Brasil, que surge da fusão do DEM e do PSL. Entre os nomes cogitados, estão o de Feitosa e o de Capitão Wagner, quem tem um aliado à frente do PSL no Ceará. Se preparando para assumir como suplente com a licença do senador Tasso Jereissati (PSDB), Feitosa afirmou que, embora a decisão ainda não tenha sido tomada, é ele quem deverá ficar no comando do superpartido.

“Com quem vai ficar (o comando do União Brasil no Ceará), eu não sei. Wagner está trabalhando por um lado, com as relações que ele tem, com as amizades que ele tem, e eu estou trabalhando por outro. (...) Eu sei quais são os compromissos que as pessoas estão assumindo comigo, eu não sei quais são os compromissos que as pessoas estão assumindo com ele. Eu tenho ficado calado até agora, esse é o primeiro momento que eu estou dizendo que quem vai ficar sou eu”, disse durante a entrevista.

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De acordo com o senador suplente, a decisão final ainda não foi tomada, mas deverá ser concretizada até final de novembro, pela cúpula dos dois partidos. “O ACM Neto (presidente nacional do DEM), com (Antonio de) Rueda (vice-presidente nacional do PSL), com o Luciano Bivar (presidente nacional do PSL), com o Ronaldo Caiado (vice-presidente nacional do PSL), essa turma, tanto do DEM quanto do PSL, é quem está decidindo isso aí”, explicou.

O imbróglio das legendas no estado se torna mais complicado, uma vez que no cenário da política cearense, DEM e PSL têm posições opostas. No entanto, segundo Feitosa, com a junção das duas legendas, outros estados brasileiros também vêm enfrentando situação semelhante. “É uma hora complicada porque, é claro, o PSL olha para os que são do PSL, o Democratas olha para os que são do Democratas, e vão pensando e analisando, de forma muito pragmática, os interesses do partido. Eu não sei como é que eles vão, aqui no Ceará, medir e pesar essa questão de quem pode contribuir mais para o partido”, explicou.

Feitosa reforçou que já esteve em conversas para tratar do assunto, com o deputado Heitor Freire, uma das lideranças do PSL no Ceará. O político acredita que a opinião do parlamentar é “muito preponderante”, por ele ser o único deputado federal do PSL no estado. “Ele tem muita simpatia pelo meu nome. O Heitor também expressa todo respeito ao Capitão Wagner, mas ele tem muita simpatia pelo meu nome para ficar comandando aqui, o União Brasil”, afirmou o presidente do DEM.

De acordo com Chiquinho Feitosa, também houve conversa com Wagner para acertar uma "hipótese de acordo”, contudo, nada chegou a ser resolvido. “O acordo que ele teria seria para ele ficar comandando o partido, né? E eu também quero comandar o partido, aí fica difícil. Ou sou eu, ou é ele. E por isso ficou”, finalizou.

Com a licença do Senador Tasso Jereissati (PSDB), que irá se engajar na campanha do pré-candidato a presidente, Eduardo Leite, Feitosa deve assumir a cadeira por 120 dias. A posse no Senado Federal acontece no próximo dia 3 de novembro e, durante os quatro meses em que exercerá o mandato, o futuro senador vai fazer parte da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e também da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Dentre suas prioridades enquanto ocupar a cargo, Feitosa reforçou que dará continuidade aos projetos desempenhados por Tasso. O suplente ressaltou que, quanto às votações no Senado e às relações com o governo federal, vai buscar manter “equilíbrio” entre as orientações do DEM e a linha de Tasso.

“Pretendo conduzir com equilíbrio, com tranquilidade, sem criar nenhum problema com a liderança, mas também sem me frustrar tendo que votar em alguma coisa que não seja a minha forma de pensar. (...) (DEM e PSDB) são partidos que sempre caminharam juntos, então eu não acredito que terei grande dificuldade em relação a isso, compatibilizando essas coisas, votando na orientação partidária sem prejuízo do que possa ser a orientação das votações anteriores do senador Tasso”, concluiu.

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